Ao aceitar o repto de uma amiga com um blog para escrever sobre a minha família, cheguei à conclusão de que o segredo da nossa felicidade é sermos uma família rica.
“Rica?!” Estarão a questionar-se os nossos amigos. E com razão, pois que ao longo de 29 anos de casados, as dificuldades económicas sempre nos acompanharam, como é inerente a um casal de trabalhadores liberais, com toda a instabilidade e incerteza que esta condição acarreta. Mas é precisamente aí que reside a nossa riqueza.
Não se diz que” Amigo de verdade se descobre na dificuldade”? A par dessas dificuldades, sempre tivemos família, amigos, colegas que nos ajudaram de variadíssimas formas. Além disso, os nossos quatro filhos são a nossa maior riqueza.
E mais ‘ricos’ ficaram eles com essas mesmas dificuldades, pois elas levaram a que não pudessem ter o supérfluo e a que desde cedo começassem a trabalhar para poderem ter dinheiro para os seus pequenos gastos.
Graças a Deus, são todos responsáveis, trabalhadores. Os mais velhos conseguiram tirar os seus cursos (Engenharia Informática e Farmácia) no tempo devido, a par dos seus part-times. A Beatriz trabalhou para pagar o Externato que lhe permitiu levantar notas para entrar em Enfermagem. O mais novo é excelente aluno.
Perguntar-se-ão se eu estou a advogar a pobreza para ter uma família feliz. Não, mas que ajuda muito dizer “Não!” ajuda.
Isto não tira que eu tenho uma grande admiração pelos meus amigos ricos, na verdadeira aceção da palavra, enquanto conseguem ter a fortaleza de não mimar demasiado os seus filhos com bens materiais, de forma a educá-los para serem pessoas que lutam pelos seus objetivos, não lhes dando tudo o que eles pedem, sabendo dizer que não quando é preciso…
Ah! Mas eu também afirmava que somos modernos. Pois é! Todos os dias, já de crianças, rezávamos a caminho da Escola, oferecendo o nosso dia a Deus, e pedíamos pelas várias intenções que os amigos nos confiavam, pois sabem que somos uma família com Fé.
Presentemente, cada um reza sozinho, no seu percurso individual, só rezando em família ao fim de semana e muitas vezes também o Terço, ao serão.
Ora digam lá se não é moderna uma família que tem como oratório um carro, a casa de família, a rua, etc.?
Costuma-se dizer que “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. Eu acrescentaria: Mas num lar cristão, acaba por reinar a união! Ou, como se costuma dizer: ‘Família que reza, unida, permanece unida’.
E assim desejamos, os seis, um bom ano a cada família portuguesa!
Lisboa, janeiro 2016
Ora digam lá se não é moderna uma família que tem como oratório um carro, a casa de família, a rua, etc.?
Costuma-se dizer que “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. Eu acrescentaria: Mas num lar cristão, acaba por reinar a união! Ou, como se costuma dizer: ‘Família que reza, unida, permanece unida’.
E assim desejamos, os seis, um bom ano a cada família portuguesa!
Lisboa, janeiro 2016
Fernanda Raposo
(mãe e médica)
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