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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Ano da Vida Consagrada ajudou a «retomar o essencial da vida» religiosa

Balanço do delegado da Conferência Episcopal Portuguesa

  Igreja e Religião

Diocese do Allgtarve. Wikimedia Commons/Abrget47j

Dom Manuel Quintas, delegado da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para o diálogo com os Institutos de Vida Consagrada, em entrevista à Agência ECCLESIA, faz uma análise sobre o Ano da Vida Consagrada.

De Novembro de 2014 a Fevereiro de 2016, a Igreja celebra o Ano da Vida Consagrada, com o tema “Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”. O evento conclusivo reúne em Roma mais de 4 mil consagrados de 28 de Janeiro a 2 de Fevereiro.

O delegado da CEP e bispo do Algarve, Dom Manuel Quintas destaca que foi “um ano muito rico” que ajudou cada congregação religiosa do país a “retomar o essencial da sua vida” em linha com o “carisma” e as “opções próprias do seu instituto”.

“Houve várias iniciativas para a celebração deste ano em que procurei estar presente, sempre que era solicitado (…) fizeram-se programas, propostas celebrativas, de convívio, até ao nível temático, de aprofundamento, penso que foi um ano que temos de dar graças a Deus por ele”.

O prelado recordou que os consagrados têm a missão de “quase abanar, despertar quem está assim adormecido, entorpecido ou anestesiado pela vida”.

Ele destaca ainda o desafio do Papa argentino para que, ao longo do último ano, os consagrados trabalhassem a dimensão da fraternidade, continua a notícia.

“Um sinal que pode ser resposta para aquilo que o mundo procura, que é esta dimensão de família dos povos, das nações. Nós nascemos para vivermos com os outros e ao serviço dos outros, e não contra os outros, é isto que nos realiza”, afirma D. Manuel Quintas.

O bispo admite que a realidade das congregações não é fácil, pois só “nos últimos 10 anos fecharam várias comunidades, umas 7 ou 8” em Algarve. Para ele mais do que “lamentar aqueles que saíram”, e “não se pode contrariar a realidade e a verdade desses institutos”, muitos deles envelhecidos, é preciso dar graças pelos “que continuam” e pelo “testemunho que continuam a dar”.

Actualmente são 19 os institutos de vida consagrada presentes na diocese, constituídos por 75 membros, dos quais 53 são irmãs, 16 são padres religiosos (que têm a seu cargo 23 paróquias na diocese, mais de um quarto do total das comunidades paroquiais) e seis são consagrados de vida secular.

Homens e mulheres que cumprem a sua missão “sempre com grande disponibilidade, generosidade, alegria, a visitarem os doentes, a estarem atentos aos pobres, a participarem na vida das paróquias a todos os níveis, da liturgia, do canto, da catequese, da catequese de adultos, da preparação dos sacramentos”, destaca o bispo.

No próximo domingo, dia 31 de Janeiro, a Diocese do Algarve promoverá um encontro com todos os consagrados do território na Paróquia de Silves para uma grande celebração comemorativa pelos dons recebidos ao longo deste Ano da Vida Consagrada.


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