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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A moda veste équo-solidário

Princípios éticos, respeito pelos direitos humanos, desenvolvimento económico das populações pobres, são alvos do mundo das passarelas


Roma, 01 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Maria Anastasia Leorato


Cada vez mais a criatividade, a habilidade, o profissionalismo dos estilistas na criação de roupas e acessórios se unem a fins de solidariedade, visando favorecer a justiça social e a economia das populações que vivem em condições desfavorecidas e em extrema pobreza.

O conceito de moda se renova, inaugurando perspectivas importantes focadas no comércio équo-solidário. Uma nova frente apoia a defesa dos direitos humanos fundamentais e o respeito pelo meio ambiente, sem desprezar o desenvolvimento formativo e cultural dos países economicamente mais fracos.
Após a chegada ao mercado, inicialmente promovido pela indústria de alimentos, o comércio justo ganha forças graças à participação do mundo da moda.

Entre os famosos Ateliers que frequentemente se comprometem a promover projectos com fins caritativos, há também marcas cujo objectivo principal é ajudar os pobres.

Começando com a linha Auteurs du monde, assinado por Marina Spadafora, ao Ethical Fashion da loja Trame di Storie e PortenierRoth.

A experiência e os conhecimentos desenvolvidos no mundo da moda por Maria Spadafora assumem traços e características únicas, através da criação de roupas artesanais, realizadas com princípios éticos, a fim de ajudar as pessoas e de respeitar o meio ambiente.

Depois de anos trabalhando na indústria da moda para importantes maison como Prada, Miu Miu e Ferragamo, Spadafora sentiu a necessidade de combinar habilidade profissional com princípios e valores humanos.

E assim, graças a uma colaboração com Altromercato, ela fundou sua própria linha, Auteurs du monde, chamando-a de "antropológica", porque cada peça conta a história do artesão que a criou. A maioria das roupas confeccionada por mulheres de países da Ásia, América Latina e África.

As colecções apresentadas pela Altromercato têm em si uma preciosidade que não deriva apenas da singularidade dos tecidos e das costuradas à mão, mas também do desejo de contribuir para o desenvolvimento económico dos países em dificuldade: na educação, na cultura, e de respeitar os princípios éticos fundamentais.

Perspectivas inovadoras ecoam também da marca Trame di Storie, que tem como objectivo a solidariedade, traduzida em ajuda para melhorar a vida do povo de Bangladesh, Índia, Colômbia, Guatemala, Vietname e até mesmo Itália (neste último caso, para ajudar jovens com problemas psiquiátricos a ingressar no mundo do trabalho).

É uma nova maneira de fazer moda onde o termo "consumo" é substituído por termos como "apoio", "colaboração" e "bondade".

A marca Trame di Storie combina a habilidade manual e artística das costureiras e artesãos com suas histórias e memórias, para que cada acessório, cada roupa, possa ser portador da mensagem de esperança e de ajuda que surge ao adquirir cada peça.

A relação indissolúvel entre moda e ética, é também assunto da marca jovem PortenierRoth, nascida em 2007 em Berna, fundada por duas estilistas: Sabrine Portenier e Eveline Roth. Outra linha de roupas caracterizada pela ética, que visa ajudar as mulheres no Quénia e em Gana. Objectivo équo-solidário que teve um resultado importante através da Iniciativa internacional Ethical Fashion Initiative em colaboração com o Centro de Comércio Internacional.

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