Princípios éticos, respeito pelos direitos humanos, desenvolvimento económico das populações pobres, são alvos do mundo das passarelas
Roma, 01 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Maria Anastasia Leorato
Cada vez mais a criatividade, a habilidade, o
profissionalismo dos estilistas na criação de roupas e acessórios se
unem a fins de solidariedade, visando favorecer a justiça social e a
economia das populações que vivem em condições desfavorecidas e em
extrema pobreza.
O conceito de moda se renova, inaugurando perspectivas importantes
focadas no comércio équo-solidário. Uma nova frente apoia a defesa dos
direitos humanos fundamentais e o respeito pelo meio ambiente, sem
desprezar o desenvolvimento formativo e cultural dos países
economicamente mais fracos.
Após a chegada ao mercado, inicialmente promovido pela indústria de
alimentos, o comércio justo ganha forças graças à participação do mundo
da moda.
Entre os famosos Ateliers que frequentemente se comprometem a
promover projectos com fins caritativos, há também marcas cujo objectivo
principal é ajudar os pobres.
Começando com a linha Auteurs du monde, assinado por Marina Spadafora, ao Ethical Fashion da loja Trame di Storie e PortenierRoth.
A experiência e os conhecimentos desenvolvidos no mundo da moda por
Maria Spadafora assumem traços e características únicas, através da
criação de roupas artesanais, realizadas com princípios éticos, a fim de
ajudar as pessoas e de respeitar o meio ambiente.
Depois de anos trabalhando na indústria da moda para importantes maison
como Prada, Miu Miu e Ferragamo, Spadafora sentiu a necessidade de
combinar habilidade profissional com princípios e valores humanos.
E assim, graças a uma colaboração com Altromercato, ela fundou sua própria linha, Auteurs du monde,
chamando-a de "antropológica", porque cada peça conta a história do
artesão que a criou. A maioria das roupas confeccionada por mulheres de
países da Ásia, América Latina e África.
As colecções apresentadas pela Altromercato têm em si uma
preciosidade que não deriva apenas da singularidade dos tecidos e das
costuradas à mão, mas também do desejo de contribuir para o
desenvolvimento económico dos países em dificuldade: na educação, na
cultura, e de respeitar os princípios éticos fundamentais.
Perspectivas inovadoras ecoam também da marca Trame di Storie,
que tem como objectivo a solidariedade, traduzida em ajuda para melhorar
a vida do povo de Bangladesh, Índia, Colômbia, Guatemala, Vietname e até
mesmo Itália (neste último caso, para ajudar jovens com problemas
psiquiátricos a ingressar no mundo do trabalho).
É uma nova maneira de fazer moda onde o termo "consumo" é substituído por termos como "apoio", "colaboração" e "bondade".
A marca Trame di Storie combina a habilidade manual e
artística das costureiras e artesãos com suas histórias e memórias, para
que cada acessório, cada roupa, possa ser portador da mensagem de
esperança e de ajuda que surge ao adquirir cada peça.
A relação indissolúvel entre moda e ética, é também assunto da marca jovem PortenierRoth,
nascida em 2007 em Berna, fundada por duas estilistas: Sabrine
Portenier e Eveline Roth. Outra linha de roupas caracterizada pela
ética, que visa ajudar as mulheres no Quénia e em Gana. Objectivo
équo-solidário que teve um resultado importante através da Iniciativa
internacional Ethical Fashion Initiative em colaboração com o Centro de Comércio Internacional.
(01 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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