Padre Charles de Foucauld une-se a nós através do acto mais memorável da sua existência e da melhor parte da sua vida
Horizonte, 01 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Cada cristão tem de ser apóstolo: não é um conselho, mas um
mandamento, o mandamento da caridade” dizia Charles de Foucauld,
nascido em 15 de setembro de 1858 em Strasburg na França. Filho dos
nobres franceses Edward de Foucauld e Elizabeth de Morlet, aos nove anos
ficou órfão vindo a ser criado por seu avô Charles de Morlet. Durante o
período que esteve com os avós, recebeu primorosa educação e orientação
cristã. Fez sua primeira comunhão em 28 de Abril de 1872 e decidiu
seguir a carreira militar.
Frequentou diversas escolas militares e afastou-se totalmente da
vida cristã optando por uma vida dissoluta e imersa nos prazeres e
vícios mundanos. A este tempo ele mesmo narra como: “Eu estava menos um
homem do que um porco”. Em Outubro de 1879 é nomeado subtenente do
exército e após ser enviado para a Argélia, por conta de sua
insubordinação abandonou a carreira militar e viajou para o Marrocos no
ano de 1883. Lá Charles disfarçou-se de rabino e adoptou o nome de Joseph
Aleman para desenvolver um projecto geográfico de mapeamento de toda
aquela região, o que lhe conferiu uma medalha de ouro no ano de 1885.
Retornou para a França e a partir daí iniciou um caminho de retorno à
sua fé. Peregrinações, escritos dos santos e a Palavra de Deus
sedimentaram sua decisão em consagrar-se a Deus e no dia 16 de Janeiro
de 1890 ingressou no mosteiro trapista de Nossa Senhora das Neves. Não
se identificou com as regras de vida por julgar muito maleáveis e no ano
de 1897 abandonou o mosteiro indo para a Terra Santa onde viveu como
eremita.
Foi ordenado padre no dia 09 de Junho de 1901 e retornou á África
para anunciar a Palavra de Deus. Em 1905 chega em Tamanrasset, onde
empreendeu a evangelização dos muçulmanos contando com a ajuda dos nómadas tuaregues. Estudou a língua nativa e traduziu os evangelhos.
Construiu um eremitério e após o início da guerra entre a Turquia e a
Itália, foi brutalmente morto com um tiro na cabeça no dia 1º de Dezembro de 1916.
Inúmeras congregações nasceram fruto do seu vigoroso testemunho. Em
24 de Abril de 2001 o Papa João Paulo II o declarou venerável e no dia
13 de Novembro de 2005 o Papa Bento XVI o beatificou.
(01 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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