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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Massacre em Mesquita na Nigéria. Tauran: "Denunciemos essas iniquidades"

Sexta-feira passada um ataque do Boko Haram matou cerca de 120 pessoas que rezavam na Grande Mesquita de Kano


Roma, 01 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)


Durante sua viagem à Turquia, Francisco recordou o massacre que ocorreu sexta-feira passada na Nigéria. O ataque à Grande Mesquita de Kano, reivindicado pelo Boko Haram, matou cerca de 120 pessoas, ferindo 270. Um verdadeiro massacre que causou a morte de fiéis que estavam reunidos em oração.

Foram dois homens-bomba, apoiados por quinze homens armados. Depois que os dois homens explodiram entre os fiéis, do lado de fora da mesquita, os cúmplices esperavam as pessoas que fugiam para atirar. A multidão deteve quatro homens, que foram linchados; os outros conseguiram fugir.

Na Mesquita Central, o emir Sanusi Lamido Sanusi havia condenado, nas últimas semanas, os crimes cometidos pelo grupo fundamentalista islâmico. O emir declarou guerra contra o Boko Haram, exortando todo o nordeste da Nigéria - fortaleza do grupo – a pegar as armas contra os chamados "Talibãs da África". O massacre parece ser uma vingança por parte dos militantes.

A história da Grande Mesquita é apenas mais uma brutalidade perpetrada pelo Boko Haram no país. "Não podemos permanecer em silêncio ou indiferentes", disse o cardeal Jean Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, à Rádio Vaticano.

"Estamos chocados com essa violência que continua a atingir e a matar também fiéis pacificamente reunidos para rezar", disse o cardeal, questionando: "Onde está a inteligência, onde está a razão, onde está o coração? Devemos denunciar este mistério de iniquidade".

O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso espera "que a comunidade internacional reaja de maneira unânime e muito rápido". Além disso - acrescentou - "é preciso dizer que os mais afectados são precisamente os moderados porque são aqueles que sabem fazer os outros raciocinarem”.

A situação "é muito triste", disse o cardeal, exortando a "continuar no caminho do diálogo". "Quanto mais dramática a situação, mais diálogo é necessário", destacou. “Não há alternativa: só o diálogo, diálogo, diálogo! Nossa esperança é que, se o mal é contagioso, que o bem também seja!". 

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