O card. Scherer, arcebispo de São Paulo, prevê novos protestos e explica os esforços da Igreja contra o tráfico de pessoas e a exploração sexual
Roma, 12 de Junho de 2014 (Zenit.org)
Sobre o povo brasileiro, fala de uma profunda "insatisfação
por causa das muitas expectativas frustradas", o cardeal Odilo Pedro
Scherer, arcebispo de São Paulo, a cidade brasileira onde nesta tarde,
às 17h00 vai começar a Copa do Mundo.
"As expectativas eram enormes – explica o cardeal à agência Misna. Fomos informados de que a Copa do Mundo deixaria um legado que
permaneceria. É verdade, os estádios foram construídos, bem como algumas
das infra-estruturas. Mas vemos pouco. E pouco se tem investido em
políticas sociais. As pessoas não vão todos os dias para o estádio.
Todos os dias, irão, sim, à escola, terão que viajar, pedir assistência
nos hospitais".
O Cardeal afirma que "haverá protestos", também durante o torneio,
por causa da "insatisfação por causa das muitas expectativas
frustradas." "Como bispos, estamos preocupados. Pedimos que o governo
respeite o direito de manifestação", diz o Card. Scherer.
As dioceses do Brasil estão comprometidas na acolhida. “Acolheremos
os torcedores nas nossas igrejas e nas nossas comunidade”, explica o
cardeal. Os religiosos também se comprometerão na luta contra o tráfico
de pessoas e da exploração sexual. "Em todas as doze cidades que
sediarão o torneio - diz o arcebispo de São Paulo - foram criados
lugares onde se vigiarão estes fenómenos, denunciando, mas também dando
abrigo a quem precisa".
Para o card. Scherer as Copas “são um grande momento para promover a
paz”. Por isso “como Igreja nos comprometeremos ainda mais contra
qualquer forma de discriminação racial. Estaremos atentos à promoção da
pessoa. Vivemos esse momento não somente como festa, mas também como
ocasião de compromisso”. (Trad.TS)
(12 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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