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domingo, 25 de maio de 2014

O Papa destaca o trabalho da Jordânia no acolhimento de refugiados de países vizinhos

O Santo Padre encontra os reis da Jordânia no Palácio Real


Roma, 24 de Maio de 2014 (Zenit.org)


Após a recepção no aeroporto Queen Alia na capital da Jordânia, o Santo Padre dirigiu-se à capital de Amã, no Palácio Real, onde o receberam o Rei Abdullah II bin Al Hussein e a Rainha Rania por volta das 13h45. Por sua vez, a banda militar tocou o hino papal e o da Jordânia, e o papa Francisco retirou-se com os reis da Jordânia para uma conversa particular.

O casal real, depois de apresentar ao Papa os seus familiares, procedeu-se à tradicional troca de presentes e apresentação das delegações.

"Agradeço a Deus por me permitir visitar o Reino Hachemita da Jordânia, seguindo os passos dos meus predecessores Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI". Estas foram as primeiras palavras públicas do Santo Padre Francisco em sua viagem à Terra Santa, sendo a primeira parada na Jordânia.

Em seu discurso na reunião com as autoridades do reino, o Pontífice agradeceu o rei Abdullah II por suas palavras de boas-vindas, “com a memória viva de nosso recente encontro no Vaticano". Assim, o Papa estendeu suas saudações aos membros da Família Real, ao Governo e ao Povo da Jordânia, "terra rica em história e de grande significado religioso para o Judaísmo, o Cristianismo e o islamismo".

O Papa disse que este país "acolhe generosamente um grande número de refugiados palestinianos, iraquianos e de outras áreas em crise, especialmente da vizinha Síria, destruída por um conflito que está durando muito tempo”. Por isso, Francisco indicou que esta acolhida “merece o reconhecimento e a ajuda da comunidade internacional”. E assim expressou que “a Igreja Católica, dentro das suas possibilidades, quer comprometer-se na assistência aos refugiados e aos necessitados, especialmente por meio da Caritas Jordânia”.

Constatando a dor que continua nas fortes tensões na região do Oriente Médio, o Papa agradeceu "as autoridades do Reino tudo o que fazem e os incentivou a continuar se esforçando para conseguir a tão desejada paz duradoura em toda a Região; para isso, é preciso e urgente encontrar uma solução pacífica à crise síria, além de uma solução justa ao conflito entre israelitas e palestinianos”.

O Santo Padre quis aproveitar a ocasião para "renovar o meu profundo respeito e consideração pela comunidade muçulmana, e expressar o meu apreço pela liderança que Sua Majestade o Rei tomou para promover uma compreensão mais adequada das virtudes proclamadas pelo Islão e a serena convivência pacífica entre os fieis das diferentes religiões".

Da mesma forma, mostrou gratidão à Jordânia por ter incentivado várias iniciativas de diálogo inter-religioso.

Por outro lado, Francisco dirigiu uma saudação “cheia de afecto às comunidades cristãs que, presentes no País desde os tempos apostólicos, contribuem para o bem comum da sociedade na qual estão plenamente inseridas”. Apesar de ser hoje numericamente minoritárias – observou – têm a possibilidade de desenvolver um qualificado e reconhecido trabalho “no campo educativo e sanitário, por meio de escolas e hospitais, e podem professar com tranquilidade a sua fé, respeitando a liberdade religiosa, que é um direito humano fundamental e que espero firmemente que seja levado em grande consideração em todo o Oriente Médio e em todo o mundo”.

Concluindo seu discurso, o Papa dirigiu "um desejo especial de paz e prosperidade para o Reino da Jordânia e ao seu povo, com a esperança de que esta visita contribua para melhorar e promover relações boas e cordiais entre cristãos e muçulmanos". (Trad.TS)

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