O Santo Padre partiu de Telavive para Roma na noite desta segunda-feira
Cidade do Vaticano, 27 de Maio de 2014 (Zenit.org)
O papa Francisco encerrou a viagem de três dias à Terra
Santa e retornou à Itália no voo LY 514, da companhia israelita El-Al. O
Boeing 777 partiu do aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv,
com as bandeiras de Israel e do Vaticano, após a cerimónia de despedida
em que estiveram presentes Shimon Peres, presidente de Israel, e o
primeiro-ministro Benjamim Netayahu.
Na pista do aeroporto, a banda de honra tocava em homenagem ao
Santo Padre enquanto ele se dirigia ao avião. Ao se despedir, o papa
saudou um grupo numeroso de pessoas, entre as quais o custódio da Terra
Santa, o franciscano Pierbattista Pizzaballa, que o acompanhou em
diversos momentos da peregrinação.
A viagem do papa começou no último sábado, no reino da Jordânia, e
passou pela Palestina, no domingo, e por Israel, onde o papa permaneceu
durante toda esta segunda-feira. Às 20h10 de ontem, no horário local, o avião fechou as portas e, instantes depois, deu
início à descolagem rumo à Itália.
A viagem do Santo Padre conteve muitos gestos simbólicos e abre novas
esperanças para uma região em que as negociações de paz entre palestinianos e israelitas estão estancadas há vários anos.
No reino da Jordânia, o Santo Padre elogiou o modelo de convivência
inter-religiosa existente no país. No Estado da Palestina, afirmou que é
hora de dar fim ao conflito, parou diante do muro que separa a
Palestina de Israel e rezou pela paz na Síria, além de convidar o
presidente palestino e o de Israel a “irem à minha casa em Roma” para
rezar pela paz.
Em Israel, Francisco encontrou o patriarca ecuménico Bartolomeu,
visitou a Esplanada das Mesquitas pedindo que sejam evitadas quaisquer
atitudes que comprometam a paz e foi ao Muro das Lamentações, onde rezou
e abraçou o rabino Skorka e o imã Abboud, que o acompanharam na viagem,
demonstrando que a sincera amizade inter-religiosa é possível.
No mesmo dia, o papa rezou diante do memorial às vítimas do
terrorismo e foi ao Yad Vashem, o museu do Holocausto, onde declarou um
“nunca mais”, referindo-se, inclusive, ao atentado xenófobo e anti-semita cometido neste sábado, 24, na Bélgica. Francisco também se
encontrou com o presidente e com o primeiro-ministro de Israel e plantou
com eles uma oliveira, símbolo da paz.
A viagem do papa incluiu encontros com as periferias, com os doentes,
com os feridos pela vida e pelas guerras, com os órfãos e com os
refugiados, além de uma reunião com religiosas, religiosos, sacerdotes,
seminaristas e fiéis que diariamente dão testemunho de Jesus e da sua fé
católica.
(27 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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