D. António Vitalino quer contrariar «mentalidade economicista»
Beja, 27 Mai 2014 (Ecclesia) – O bispo de Beja diz que a
“mentalidade economicista” que domina a sociedade só será mudada através
de uma aposta sólida na formação ética e moral das novas gerações.
Na sua habitual nota semanal, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D.
António Vitalino defende a introdução na dinâmica universitária de
“disciplinas que ajudem os estudantes a interrogarem-se sobre a “ética
das relações humanas e do progresso”.
“O bem comum deveria ser o prisma principal de todos os cursos,
cimentando a articulação dos saberes, visando o progresso integral da
pessoa, da família, da sociedade e do país”, aponta o membro da Comissão
Episcopal da Pastoral Social.
Para o prelado, é necessário promover também uma reflexão séria à
volta da composição dos cursos superiores, que actualmente “pouco têm a
ver com a realidade social e empresarial” portuguesa e dos modelos de
ensino preparados para os alunos.
Em causa está o desenvolvimento de métodos que criem nos mais novos
“hábitos sólidos de reflexão, de investigação, de trabalho e de
construção de um mundo melhor, de relações harmoniosas entre as pessoas e
a natureza”.
“Fazer coisas, produzir bens para satisfazer necessidades artificiais
de alguns privilegiados, sem ter em conta a verdade, a justiça, a
dignidade das pessoas, o desenvolvimento sustentável, uma sã ecologia,
não tem futuro”, alerta.
JCP
in
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