De acordo com a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, esses crimes se repetem devido à impunidade
Roma, 29 de Maio de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
Farzana Parveen, 25 anos, mulher paquistanesa, foi
assassinada a pedradas diante do tribunal de Lahor, cercada por um grupo
de umas 30 pessoas, dentre as quais estava seu pai e seu irmão. Foi
‘castigada’ por ser culpada de ‘ter-se casado com o homem que amava’ e
não o que a sua família tinha escolhido.
Morrem a cada ano no Paquistão centenas de mulheres nos chamados
"crimes de honra", e em 2013 teriam sido 869 e, de acordo com a Comissão
de Direitos Humanos do Paquistão, esses apedrejamentos continuam a se
repetir devido à impunidade.
A responsável dos direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que
estava "profundamente chocada" e exigiu que o governo do Paquistão
tomasse medidas urgentes e severas, disse BBC Mundo.
A menina estava grávida de três meses e as fotos da agência Reuters deste crime deram a volta ao mundo.
O marido de Farzana Parveen, alegou que a polícia chegou e não fez
nada para parar o ataque. "O irmão de Farzana começou a atirar nela com
uma arma, mas não acertou, ela, então, tentou escapar, mas tropeçou e
caiu”, disse a investigadora da polícia do Paquistão, Rana Akhtar,
indica um informante de uma agência. Neste momento "os parentes a
apedrejaram com tijolos”.
A jovem saía do tribunal para defender seu esposo, que a família
tinha acusado de tê-la sequestrado e obrigado a casar-se. E Farzana foi
ao tribunal para declarar que tinha se unido em matrimónio por decisão
própria, disse seu advogado, Rao Mohammad Kharal. O casal tinha
denunciado, no dia 12 de maio, que tinha conseguido escapar de uma
situação similar.
O chefe da diplomacia britânica naquele país disse hoje que está
chocado com a morte horrível da menina pela mão de sua família e
convidou as autoridades a agir contra esse crime, disse à AFP. (Trad.TS)
(29 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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