A mulher cristã sudanesa, condenada a cem chibatadas e à morte por apostasia e adultério tinha sido acorrentada durante a gravidez
Roma, 27 de Maio de 2014 (Zenit.org)
Apesar das precárias condições de saúde denunciadas pelo seu
marido, Meriam Yahya Ibrahim deu à luz na enfermaria da prisão a uma
filha, seu segundo filho. Isto foi explicado pelos seus advogados no
jornal Telegraph. A jovem sudanesa de 27 anos, foi detida no mês de Fevereiro desse ano, condenada à cem chibatadas por adultério e à forca
por não renunciar à sua fé cristã.
Seus advogados pediram que Meriam possa ser visitada por um médico
de confiança. Nos últimos dias, o seu marido, Daniel Wani, havia
explicado que a mulher estava acorrentada, apesar da gravidez.
Sua sentença de morte foi imposta no passado 15 de maio por um juiz
que não reconheceu seu matrimónio com um homem cristão. O tribunal
baseou-se na interpretação da Sharia, a lei introduzida no Sudão em
1983, que proíbe uma muçulmana de casar-se com um muçulmano (enquanto
que, pelo contrário, sim é consentido). Meriam foi criada somente pela
sua mãe, na fé cristã, já que o pai (que sim era muçulmano) não esteve
presente durante a sua infância.
Na semana passada, a organização sem fins lucrativos Justice Centre
Sudan, que está cuidando dos gastos legais de Meriam, manifestou a
suspeita de que poderia ter uma motivação puramente económica por trás
da denúncia. “Achamos que os familiares apresentaram a denúncia porque
querem tomar o controle dos seus negócios”, indicou. “Se Meriam fica na
prisão poderia perder tudo e os parentes seriam os primeiros a
beneficiar-se”, explicaram. (Trad.TS)
(27 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário