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segunda-feira, 17 de março de 2014

Sondagens na Itália e EUA detalham o que gostam de Francisco, e se mais ou menos que dos seus predecessores

Actualizado de 16 Marzo de 2014

Jorge Enrique Mújica, LC / ReL

A espontaneidade e proximidade
de Francisco, entre o que mais
se valoriza.
Aproveitando a ocasião do primeiro aniversário da escolha do Papa Francisco, dois estudos põe em manifesto qual é a percepção pública do Santo Padre em Itália e Estados Unidos.

Em Itália 
Em Itália a análise foi realizada pelo Barómetro Politico Demopolis para o diário Il Corriere della Sera emergindo como dado principal que 90% dos italianos tem «muita confiança» no Papa Francisco (7% tem pouca ou nenhuma enquanto que 3% não se pronuncia). Este resultado contrasta com o índice que tinha João Paulo II que chegou a uns 60-70% de confiança no seu melhor momento.

Centrando-se só no segmento «católico», o Papa Francisco ascende inclusive a uns 95% de aceitação e a uns 68% entre o segmento daqueles que não são católicos ou se declaram sem religião.

Entre os aspectos que mais gostam os italianos da personalidade do Papa Francisco encontra-se a proximidade às pessoas (75%), a sua espontaneidade (71%), a atenção pelos mais débeis (68%), a sua sobriedade (54%) e o seu trabalho para renovar a Igreja (52%). O estudo mostra que a valorização positiva do Papa supôs também um melhor juízo sobre a Igreja católica.

Entre os gestos do Papa Francisco mais apreciados pelos habitantes de Itália encontram-se as chamadas telefónicas para dar consolo às pessoas (67%), a escolha de viver em santa Marta e não no apartamento pontifício (65%), a visita aos imigrantes na ilha de Lampedusa (60%), a denúncia da existência de um lobby gay (58%; que curiosamente nunca realizou o Papa) e o encontro histórico com Bento XVI (53%).

Entre as frases mais populares de Francisco encontram-se quatro com as seguintes percentagens de valorização: «Como queria uma Igreja pobre para os pobres» (67%), «Por favor, não se deixem roubar a esperança» (63%), «Permissão, obrigada, perdão são as três palavras-chaves da convivência: se se usam a família vai em frente» (60%) e «A globalização da indiferença faz-nos a todos responsáveis» (56%).

Um dado curioso do estudo é que 78% dos italianos queria o Papa Francisco como presidente, se não fosse Papa, enquanto 65% gostaria de tê-lo como primeiro-ministro. 


 
 

Nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos foi o Pew Research Religion and Public Life Project quem realizou uma ampla investigação intitulada U.S. Catholics View Pope Francis as a Change for the Better. Sumariamente pode destacar-se que 8,5 de cada 10 católicos estado-unidenses tem uma impressão «favorável» ou «muito favorável» do Papa. Há também uma maior intensidade religiosa entre os católicos nos últimos 12 meses (26% dizem estar mais animados, 40% referem que oram com maior frequência e até 21% dizem ler mais a Bíblia), se bem que estes incrementos não dizem relação directa com o Papa.

A análise mostra também que o Papa Francisco é mais popular entre católicos que entre os não católicos (de entre os quais, sem dúvida, só 4% tem uma opinião desfavorável). Três quartas partes dos estado-unidenses crêem que o Papa Bergoglio fez um bom trabalho nos seus primeiros 12 meses como cabeça visível da Igreja católica.

O estudo sublinha, sem dúvida, que Papa Francisco não é mais apreciado que os seus antecessores: João Paulo II alcançou 93% de valorização «favorável» ou «muito favorável» nos anos 90´s enquanto Bento XVI teve 83% de «favorável» ou «muito favorável» em 2008.


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