Muçulmanos e outros grupos se unem ao apelo lançado ontem pelo papa no ângelus
Roma, 02 de Setembro de 2013
O grande mufti da Síria, Ahmad Badreddin Hassou, líder
espiritual do islamismo sunita no país, ficou profundamente comovido com
o apelo do papa pela paz na Síria, feito no ângelus de ontem.
Hassou expressou o desejo de estar presente em São Pedro na vigília
de oração pela paz na Síria, anunciada pelo papa Francisco para
acontecer neste sábado, 7 de Setembro. Segundo a agência Fides, uma
consulta sobre esta possibilidade foi feita pelo líder islâmico ao
núncio apostólico em Damasco, dom Mario Zenari, e nos próximos dias
ambas as partes avaliarão a viabilidade desse desejo. Ainda que, por
razões logísticas ou de outra espécie, a participação no evento não
ocorra, o mufti pediu que a sua comunidade em Damasco "acolha o apelo do
papa, estendido a todas as religiões, para rezar pela paz na Síria". Os
muçulmanos sírios serão convidados a rezar pela paz no dia 7 de Setembro, simultaneamente e em comunhão com o papa, nas mesquitas de
Damasco e de todo o país.
De acordo com o mufti, “todos percebem que o papa é um pai que se
preocupa com o futuro do povo sírio e que quer proteger toda a sociedade
síria, com as suas várias partes componentes, para que ela não seja
destruída por divisões religiosas e pelo radicalismo". Os muçulmanos da
Síria vêem o papa como "um verdadeiro líder espiritual, livre de
interesses políticos, individuais ou de grupos, como um líder que fala
em favor do verdadeiro bem do povo sírio".
Segundo fontes locais, recolhidas pela Fides, os grupos muçulmanos,
comunidades tribais, os drusos, os ismaelitas e outros componentes da
sociedade síria deverão aderir à oração.
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