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terça-feira, 17 de setembro de 2013

A perda do sentido de Deus e da dignidade humana são a raiz da desordem e da injustiça

Palavras do Bispo de Coimbra pronunciadas na homilia da Missa celebrada no Santuário de Fátima



Fátima, 16 de Setembro de 2013


Em palavras dirigidas aos peregrinos presentes no Santuário de Fátima, o Bispo de Coimbra apontou que “as desordens e injustiças de toda a ordem existentes no nosso mundo têm a sua raiz na perda de sentido de Deus e da dignidade humana”. Informou a assessoria de imprensa do Santuário de Fátima.

Aos jovens do movimento Convívios Fraternos, em peregrinação nacional a Fátima, D. Virgílio Antunes pediu uma fé encarnada na vida e que sejam “portadores da alegria de Cristo para outros jovens”. 

Na reflexão do Bispo de Coimbra, o ser humano vive três tipos de perdas: a perda das condições de vida e de bens, a perda do amor nas relações humanas e a perda do amor em Deus. “Somos sensíveis às duas primeiras perdas, e com razão, porque destroem a pessoa humana, roubam-lhe a alegria de viver, a esperança e o amor, essenciais para uma vida feliz. Geralmente somos menos sensíveis à perda de Deus e à perda da fé no seu amor e na sua misericórdia”, afirmou, na homilia da Missa a que presidiu na manhã do dia 15, no Santuário de Fátima, que concelebrou com vários sacerdotes e com D. Anacleto Gonçalves, bispo de Bragança-Miranda, e D. Patrick O’ Donoghue, bispo emérito de Lancaster, Inglaterra. 

O apelo do Bispo de Coimbra foi no sentido do reencontro do sentido de Deus e do sentido do homem, por serem “duas realidades insociáveis”. “O caminho para esse reencontro passa pela fé em Deus, pelo encontro com o seu amor e a sua misericórdia, que provocam sempre o encontro com o amor e a misericórdia humana, aceite, acolhida e vivida”, afirmou. Além de outros grupos, estão na Cova da Iria em peregrinação nacional os grupos da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue e do movimento Convívios Fraternos. 

Na mesma homilia, D. Virgílio Antunes dirigiu umas palavras em especial aos jovens convivas para lhes recordar as duas as vertentes do caminho que lhes é pedido “enquanto parte da solução para o nosso mundo”: “o crescimento na fé na relação pessoal com Cristo”, e “o crescimento no amor à humanidade”. “Não permitas que a tua fé esteja desencarnada da tua vida, mas trabalha para que se torne compromisso em favor da dignidade humana, da construção da paz e da instauração de relações marcadas pela justiça. Está atento aos outros e torna-te instrumento do seu reencontro”, disse.



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