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sábado, 28 de setembro de 2013

É lícito confiscar os bens de cristãos, alawitas e drusos para comprar armas

Afirmou Fatwa dos ulemás de Damasco


Damasco, 27 de Setembro de 2013


Está cada vez mais difícil a vida das minorias religiosas sírias, que no conflito actual, são os segmentos mais vulneráveis da sociedade. Como apurado pela Agência Fides, 36 ulemás (líderes religiosos islâmicos) de Douma, um dos maiores subúrbios de Damasco, emanaram uma “fatwa” (decreto jurídico) que torna legítimo o direito de fiéis muçulmanos sunitas de requisitarem e se apropriarem de bens, casas, e propriedades pertencentes a cristãos, drusos, alauítas e membros de outras minorias religiosas “que não professam a religião sunita do Profeta”.

A fatwa convida abertamente a “boicotar e romper qualquer relação com os habitantes de Damasco que traíram ou abandonaram os revolucionários”. A fatwa (cuja cópia foi enviada à Agência Fides) especifica que as propriedades confiscadas serão utilizadas parcialmente “para comprar armas” e parcialmente para ajudar órfãos, pobres e famílias de mártires e viúvas. “Pedimos ao nosso povo para se apegar às nos sãs tradições islâmicas e frequentar regularmente as casas de Deus (mesquitas), a fim de salvaguardar a nossa alma e a sociedade", conclui o texto do ulemás.

Conforme relatado à Fides, os líderes de várias igrejas cristãs têm aprendido o conteúdo da fatwa com grande preocupação, observando que tais medidas "aumentam a violência inter-religiosa, que é a cicatriz da sociedade síria". (Fonte: Agência Fides 26/9/2013)


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