Confesso que com a minha idade já assisti a algumas catástrofes, crises, revoluções com e sem cravos, mas sobretudo hoje, apraz-me recordar a revolução cultural dos anos sessenta, o maio 68, o festival Woodstock, os movimentos hippies, com outras tantas réplicas pelas décadas seguintes.
Aqui, do nosso cantinho à beira-mar plantado, tudo parecia algo bizarro, cinéfilo ou hollywoodesco, na medida em que alguns filmes também já nos traziam mensagens de novas e modernas formas de vida, ou de morte...
Quando há uns anos decidi investigar o que verdadeiramente estava subjacente a estes movimentos tão folclóricos e psicodelicamente coloridos, nem queria acreditar no que lia, era uma cruel realidade que eu desconhecia e, lamentavelmente, em Portugal não se escreve nem se traduz nada do que nesta área é publicado.
Claro que as liberdades sexuais, o rock e outras tantas fantasias eram um chamariz para “alguma” juventude, mas o que mais me aterrou foi verificar como poderes poderosos e tenebrosos estavam a fomentar e apoiar estas novas experiências, nomeadamente a nível psicológico, universitário, literário e económico.
Os anos foram passando, assistimos paulatinamente ao desmoronar duma civilização, os valores que a ergueram e sustentaram estavam a ser minados pela base e hoje temos de reconhecer que esta revolução silenciosa apostada em dizimar as famílias, a moral, as regras, as normas e o bom senso tem feito alguns estragos. Eu digo alguns, porque nem tudo está corrompido e sabemos bem como o normal, não é o que a televisão nos mostra, nem as telenovelas, nem os jornais, havendo muita e boa gente que ainda sabe discernir o bem do mal, o moral do depravado, a verdade da mentira.
Há dias fiquei muito impressionado quando um velho amigo do Norte, me informou que no Porto o Bloco de Esquerda distribuiu t-shirts a jovens de 10 anos com o símbolo da canábis e com uma mensagem que dispensa comentários: 'Faz a folha à proibição'.
O meu dito amigo fez o favor de me enviar as fotos que eu coloco neste texto, pois segundo ele algumas foram retiradas dos meios de comunicação social.
Assim como eu e outros tantos como eu ficámos surpreendidos e porque defendo uma cidadania activa e participada, apressei-me a esboçar estas linhas, porque pai ou avô prevenido vale por dois.
Mariano Romero
Professor aposentado
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