A cultura de morte é uma nova estratégia política mundial imposta como
forma de controlo do crescimento da população, mas cujo objectivo é criar uma nova
ordem social.
Fruto de
doutrinas filosóficas, económicas e políticas, o conceito de dignidade da vida
tem vindo a ser medido pelo valor da eficácia e da utilidade, por conseguinte,
nos momentos mais vulneráveis da existência, como o nascimento e a morte, a
devida protecção é substituída por um alegado novo direito de liberdade individual,
no qual o individuo se considera com poder para eliminar o outro, o mais frágil
e carenciado de protecção e apoio.
A cultura de
morte é uma lenta mas organizada imposição que visa formar a sociedade a partir
da desconstrução da cultura cristã, alterando os conceitos de dignidade da vida,
de estrutura familiar, de complementaridade sexual, fomentando um novo modelo
de ser humano.
Promover e
legalizar o aborto, não obstante a ciência provar a vida do bebé nascituro,
hoje fazem-se ecografias onde está patente esta verdade; insistindo na
legalização da eutanásia, quando a medicina de todo o mundo se opõe com
recursos éticos de dignidade profissional, alegando ainda a necessidade
imperiosa de cuidados médicos para os casos mais difíceis; impondo a ideologia
de género nas escolas e a sexualização de crianças, entre outros meios de
manipulação da sociedade, nomeadamente através dos media, preparados para apoiar e passar a mensagem desta ideologia
de destruição.
O programa foi iniciado
em 1952, da autoria do mega-bilionário Jonh Rockefeller III, que fundou em Nova
Iorque, o Conselho Populacional com a finalidade de implementar políticas
internacionais de controlo de crescimento populacional. Porém o seu fim
principal era a implementação duma nova ditadura mundial com consequente
destruição dos Direitos Humanos, considerados como intocáveis, na medida em que
não foram concedidos por ninguém, mas são uma prerrogativa de todo o ser
humano.
Um dos princípios
básicos da democracia moderna consiste no reconhecimento da diferença essencial
entre os direitos humanos e a legislação positiva. Abolida esta vertente estão
instaladas as condições para um estado totalitário que não reconhece a
existência de direitos anteriores e superiores à sua autoridade, ao seu poder
absoluto. Vemos como nestas circunstâncias o chamado estado laico se torna e se
assume como um deus que tem o poder de decidir sobre a vida e a morte da
humanidade, fomentando uma mentalidade mortífera e desconstrutiva da vida, uma
cultura de genocídio a nível mundial.
Na década de 90,
a Fundação Ford aliou-se a Rockefeller e criaram a política mundial dos
direitos sexuais e reprodutivos, implementando a contracepção com caracter de
emergência.
Desmotivar as
pessoas para terem filhos, legalizar o aborto, alterar os comportamentos
sociais, promover a degradação feminina e a imoralidade nas relações sexuais
foi também uma estratégia utilizada com a ajuda de grupos feministas,
financiados pela Fundação Ford e por várias ONGs criadas para este fim. A ONU
aderiu ao programa estabelecido e participou nas Conferências do Cairo em 1994,
de Pequim em 1995 e de Glen Cove em 1996.
Com o patrocínio
de muitas outras fundações, entre as quais Gates, Rockefeller e Ford, muitos lobbies e grupos de pressão, com muita
chantagem e terminologia enganadora, a vitória da Cultura de Morte abrangeu
toda a terra, nomeadamente África, Ásia e América Latina.
Recordemos que a
Igreja se apercebeu destas mudanças bruscas nos anos 60 e de como se estavam a
agravar num continuum imparável, numa crescente desconstrução activamente
promovida por fortes correntes culturais, económicas e políticas, criando bases
de actuação dentro e fora da Igreja, influenciando o mundo inteiro numa
estratégica demolição de valores ancestrais.
O Papa Paulo VI,
em 25 de Julho de 1968, na sua encíclica Humanae Vitae, deixou
claro a imoralidade dos métodos de controlo de natalidade, nomeadamente o
intrauterino, que se espalhavam pelo mundo como uma onda avassaladora e
surpreendente.
Em 25 de julho de
1995, João Paulo II, alertou a Igreja acerca de uma realidade que se fixou depois
dos anos 60 e que se agravou de forma ininterrupta. A encíclica Evangelium Vitae analisa e, ao mesmo
tempo, alerta sobre a situação cultural que se impunha com a finalidade de se opor
aos valores da vida e da família. Podemos perceber, tanto em Paulo VI, como em
João Paulo II, que algo de grave estava a acontecer no mundo, e não era fruto
de uma onda espontânea de “evolução” como querem que pensemos.
Porém, muitas destas medidas têm sido impedidas pelas delegações pró-vida e pró-família que se têm vindo a formar, actuando na sociedade civil, cumprido o dever de salvar vidas e assegurar os valores fundamentais, alertando e sensibilizando para que as nossas famílias não sejam destruídas por esta estratégia mundial de cultura de morte.
É toda uma civilização que está em risco, mas
felizmente, por todo o mundo se erguem vozes a prol do Vida, da Família, da Dignidade
e da Verdade.
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