Esta quinta-feira concretizou-se o que já era esperado:
todas as escolas fechadas durante, pelo menos, 15 dias, a celebração presencial
das missas suspensa, as restrições que muitos criativamente ensaiavam, foram
agora alargadas e terão de ser, decisivamente assumidas por todos. «A Conferência Episcopal
Portuguesa determina a suspensão da celebração ‘pública’ da Eucaristia a
partir de 23 de janeiro de 2021, bem como a suspensão de catequeses e outras
atividades pastorais que impliquem contacto, até novas orientações”. Assim marcou o dia um comunicado
da Conferencia Episcopal Portuguesa enviado à Agência ECCLESIA, numa decisão valorizada
pelo Presidente da República, e algo esperada. Para muitos será um regresso a um
multitasking confinado, onde se procura conjugar tarefas e serenidade,
cultivar afetos e cuidados com os que permanecem ausentes. Se como sociedade
nos é pedido que fiquemos em casa, como comunidade importa não esquecer
aqueles para quem o confinamento significa isolamento, pobreza, insegurança,
abuso. Circula nas redes sociais uma
mensagen de anónimos e figuras públicas a afirmarem a sua disponibilidade
para ajudar quem não tem o que comer ou quem, mesmo que de forma privada –
porque envergonhada – sinalizar que precisa de ajuda. Que possamos
multiplicar afetos, cuidados, atenção, partilha e presença. Em
vésperas de eleições presidenciais, deixamos o alerta da vice-presidente da
Comissão Nacional Justiça e Paz, apelando a uma “participação massiva” que
ultrapasse o medo de contágio. “Vamos
protegidos com máscara, caneta, muito álcool-gel, mantenhamos a distância de
segurança, mas vamos votar. E depois, regressemos às nossas casas”. Rosário Carneiro afirma
que a abstenção “é sempre terrível”, alerta para o “enviesamento” dos
resultados que poderá advir de uma fraca participação e afirma a necessidade
de não perdemos a matriz humana que marca a democracia portuguesa. Deixo ainda o apelo dos capelães
militares que alertam para uma situação “preocupante” dentro das prisões e
pedem a vacinação “urgente” para a população dos estabelecimentos prisionais,
reclusos e guardas. A falta de condições, a partilha
de celas e balneários aumentam o perigo de contágio e votam «população
esquecida pela sociedade» a maior fragilidade, assim explicou
o coordenador das capelanias prisionais no Patriarcado de Lisboa, um
território onde existem 12 estabelecimentos para uma população de cerca de
cinco mil reclusos. Mas já sabe que há mais para ver,
ler e ouvir no portal da Agência Ecclesia. Fique em casa, respeite o
confinamento, seja cívico. Nós continuamos cá a fazer-lhe
companhia! |
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
Regressar a casa, assumir o essencial
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