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sábado, 5 de janeiro de 2019

Direitos humanos, um dever de todos

Quase 70 anos após a aprovação da Convenção da ONU (02 de dezembro de 1949) sobre a eliminação do tráfico de pessoas e a exploração da prostituição, a dimensão desta infâmia ainda é dramática, estimando-se mais de 40 milhões de escravos no mundo modernos forçados a trabalhar ou a prostituir-se.

De acordo com os dados de 2016, mais de 70% das pessoas na escravidão são mulheres e meninas, não incluindo o recrutamento de crianças por grupos armados e o tráfico de órgãos.

A escravidão é essencialmente alimentada por guerras e regimes totalitários, e por este motivo o país com mais escravos no mundo parece ser a Coreia do Norte, seguido pela Eritreia, Burundi, República Centro-Africana e Afeganistão, Mauritânia, Sudão do Sul, Paquistão, Camboja e Irão, mas também existe nos países ricos como os Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e em muitos outros países europeus.

Poderemos ainda acrescentar outras formas de escravidão, como as dependências de drogas, de álcool, de pornografia, de imposições malévolas em estilo de “modas”, que amarram e escravizam o ser humano, roubando-lhes toda a liberdade e humanidade.

A escravatura é um crime, sendo que aqueles que o cometem, permitem ou toleram, devem responder perante a justiça e é bom saber que estes números não param de crescer, facto que nos deve levar a reconsiderar e a agir numa sociedade que é de todos e para todos.

Escravos do consumismo, também, nestes tempos em que tudo vira festa implicando gastos exagerados e altamente supérfluos. Nesta quadra que se aproxima, o essencial é o Natal e não a correria louca ou alienada às compras, sabendo de antemão que a maior parte dos produtos são confeccionados em países com alto índice de escravatura, de pobreza, de violência física, psíquica e moral sobre todos os seus exércitos humanos que trabalham em condições degradantes para alimentar os vícios, os luxos e os caprichos dos que exploram e colhem dividendos desta exploração desumana.

Vemos, sabemos e lemos, não façamos ouvidos de mercador…

A vida flui, o tempo corre, a nossa ajuda é necessária, o mundo sofre à nossa volta, mas há sempre a possibilidade de minorarmos algo que faça sofrer o nosso próximo…

Como? Pois, cada um no seu lugar, pode seguramente lançar uma réstia de bem e de esperança no horizonte desvirtuado da nossa sociedade e aí, aonde está, vive e age, deverá fazer com que o sofrimento de muitos se torne menor.

E ainda porque os direitos humanos são um dever de todos nós façamos deste novo ano em tempo de ajudar a concertar.

Feliz 2019

Emanuel do Carmo Oliveira



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