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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Quo Vadis ONU?

Há décadas que se desenvolve uma subversão silenciosa para concretizar um projeto de poder global, empenhado em impor novos paradigmas éticos, especialmente aos países membros da ONU, com uma intensa colonização das consciências.

Esta realidade histórica age através de forças culturais, económicas e políticas, com o objectivo de implementar uma nova ordem mundial, destituída das premissas cristãs, ordem imposta por diversas formas de manipulação, a qual é considerada a pior de todas as violências. “Uma nova ordem não apenas política, mas também religiosa, de uma religiosidade light, “sem dogmas, sem estruturas, sem hierarquias, sem morais rigorosas”, como afirma Juan Claudio Sanahuja, no seu livro “Poder Global e Religião Universal”.

Esta é, de facto, uma obra de leitura imprescindível para compreender a conjuntura da nossa realidade, como se delineiam os aspectos, a profundidade e a amplitude da actual crise que se tem vivido na Europa e na América, elucidando o processo e as estratégias de uma reengenharia social anticristã, visando minar a doutrina católica, desconstruindo conceitos, para corroer, por dentro, as bases do edifício cristão, destituindo a Igreja da sua identidade, numa estratégia pouco conhecida pelos cidadãos comuns porque estrategicamente silenciada pelos meios de comunicação social, fiéis servidores destes esquemas políticos.

Como exemplo do seu programa consideremos a perversão dos menores, a anticoncepção, o aborto, a eutanásia, a investigação com embriões humanos, a injusta legitimação jurídica de casais do mesmo sexo, a pornografia, etc. Inclui ainda o ensino às crianças desde os cinco anos, da normalidade da homossexualidade e da masturbação, instruí-las no uso de preservativos e da pílula do dia seguinte, mentalizando-os de que o aborto é um direito, como propõe a UNESCO.

Surge assim uma nova série de pseudo-direitos em esquema mental de “politicamente correcto”, de colonização das consciências, definido como modelos da nova cidadania, aos quais se anexam novos paradigmas éticos e religiosos, visando um projeto de poder global, com um pensamento único, mudando a cultura e a religião dos povos, moldando as consciências para conseguir cidadãos dóceis e adeptos desta nova ordem mundial.

Eclipsar Deus, fomentar a indiferença religiosa, a ausência difusa do sentido do transcendente na vida humana, num clima de secularismo e de relativismo ético, ou mesmo desacreditando a religião, nomeadamente, a Igreja Católica, é a ambição máxima para a concretização deste seu plano conjuntural, ao qual a intervenção da Maçonaria não tem sido estranha e deu muito do seu empenho durante todo o século XX.

Aconselho vivamente a leitura do livro supra citado, que tão bem nos elucida acerca destas questões importantes do nosso tempo, permitindo uma melhor abrangência não apenas do turbilhão de desafios que temos vindo a assistir, mas também para compreender o que tem vindo a acontecer à Igreja, em todos os ataques sofridos de dentro e de fora.

Artur Pereira dos Santos



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