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domingo, 20 de janeiro de 2019

Aconteceu no dia 16 de Janeiro de 2019

Perante uma Audiência Geral composta por 7 mil fiéis e peregrinos, presentes na Sala Paulo VI, oriundos de todo o mundo, o Papa Francisco na sequência das suas catequeses, invocou a expressão – “Abbà, Pai, Papá”, reiterando que nela se concentra toda a novidade e radicalidade do Evangelho.

“Abbà - nesta invocação há uma força que atrai todo o resto da oração, mas para rezar bem, é preciso ter um coração de criança, ser simples e confiar”. 

O Papa inspirou-se nesta quarta-feira na Carta de São Paulo aos Romanos 8, 14-16 para falar sobre nossa filiação divina: “hoje partimos da observação de que, no Novo Testamento, a oração parece querer chegar ao essencial, concentrando-se numa única palavra: “Dizer `Abbà´ é algo muito mais íntimo, mais comovente do que simplesmente chamar Pai a Deus".

Rezar o "Pai-nosso" com o coração é dizer Papá, é desencadear uma relação de afecto, de calor e de amor, algo que nos remete e envolve pelo abraço de um Pai que sente uma infinita ternura pelos filhos e sempre os espera na esperança de que regressem para lhes poder perdoar.

E por isso, para rezar bem é preciso ter um coração de criança e não um coração autossuficiente, ou uma atitude de suposta igualdade face ao Criador, muito menos ainda reduzi-lo a algo relativo com a intenção deliberada de exaltar a modesta criatura.

Somos sempre um filho pródigo, mas sabemos que podemos voltar ao seio do Pai, basta quere-lo  e confiar na misericórdia divina.

“Pode acontecer que também nós tenhamos trilhado caminhos  distantes de Deus, como aconteceu com o filho pródigo e a solidão ou o desespero nos faça sentir abandonados, sozinhos e perdidos, mas basta um rasgo de coragem para encontrar a força de rezar, de falar com Deus, recomeçando pela  palavra mágica “Abbà”.

A oração do cristão não é um acto solitário, não é um momento de vazio mental ou espiritual, mas uma entrega e um encontro com Deus Pai que sempre nos espera para nos receber e envolver no seu amor divino, para nos restituir a graça da nossa condição e nos fazer crescer na dignidade de filhos dum Pai muito amado e nosso Pai.

Benjamim M. Santos



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