Páginas

sábado, 4 de outubro de 2014

São Dionísio Areopagita

Manifestou-se como um grande mediador no diálogo moderno entre o cristianismo e as teologias místicas, afirma Bento XVI.


Horizonte, 03 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Ele manifesta-se como um grande mediador no diálogo moderno entre o cristianismo e as teologias místicas”, nos fala Papa Bento XVI acerca do teólogo do século VI cujo nome é desconhecido, mas a Tradição nos apresenta com o pseudónimo de Dionísio Areopagita. A Tradição nos apresenta a Grécia como cidade de nascimento de Dionísio, vindo de uma família pagã e formado em filosofia, matemática e astronomia e como um aristocrata ateniense, teria sido eleito membro do tribunal de justiça.

Após as "fracassadas" pregações de São Paulo aos intelectuais no areópago de Atenas, onde no final a maior parte dos ouvintes mostrou-se desinteressada e afastou-se, ridicularizando-o; Dionísio, assim nomeado, foi um dos poucos que foi alvo da intrepidez do apóstolo, como nos relata a Sagrada Escritura no livro dos Actos dos Apóstolos 17,34 – “Alguns homens juntaram-se a ele e creram. Entre eles estava Dionísio, membro do Areópago, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com eles”. Damaris é compreendida na Tradição como sua esposa. Após o fato ocorrido, ambos iniciaram sua caminhada cristã seguindo Paulo em suas viagens, pregando e anunciando a Palavra de Deus. De acordo com seu escrito “De divinis Nominibus“, ele teve a graça de contemplar um eclipse do sol no dia da crucifixação de Jesus ao qual falou: “Ou Deus está com dor ou chegou o fim do mundo”. Teria participado também do momento da Dormição de Nossa Senhora.

De acordo com o relato de Dionísio de Corinto citado pelo historiador Eusébio de Cesareia, Dionísio Aeropagita foi o segundo Bispo de Atenas governando do ano 52 a 96. Em uma de suas viagens, dirigiu-se para Paria para pregar o Evangelho e foi perseguido e decapitado pelo Imperador Domiciano. Seu crânio é guardado no mosteiro búlgaro no Monte Athos Doquiario.

Podemos dedicar um tempo do nosso dia de hoje para estudar também essa catequese do Papa Bento XVI em uma série dedicada aos padres e aos teólogos da antiguidade cristã, na qual fala dessa "figura muito misteriosa"; personagem que mostrou ao mundo que "o diálogo não aceita a superficialidade" já que "quando se entra na profundidade do encontro com Cristo, abre-se também o vasto espaço para o diálogo". O caminho do diálogo consiste precisamente no estar próximo da verdade, no estar próximos de Cristo.


Sem comentários:

Enviar um comentário