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sábado, 8 de março de 2014

A rede da Cáritas premiará a mulher empenhada na luta contra a pobreza

Iniciativa é da campanha mundial Uma só família humana: alimentos para todos


Roma, 07 de Março de 2014 (Zenit.org) Ivan de Vargas


No contexto do Dia Internacional da Mulher, a rede mundial da Cáritas acaba de lançar o Prémio Internacional “A mulher e o seu papel na erradicação da pobreza e da fome”, em parceria com a Fundação Fidel Götz Stiftung.

O troféu tem como objectivo reconhecer publicamente a iniciativa, o trabalho e o espírito criativo das mulheres que, através do seu esforço na luta contra a fome e a pobreza, contribuem para o desenvolvimento e para a transformação das suas famílias e das suas comunidades.

De acordo com os organizadores, a convocatória da premiação estabelece duas categorias: a primeira é voltada às organizações da rede da Cáritas e às suas parceiras; a outra abrange as organizações da sociedade civil. O prémio é de 10.000 euros para cada categoria.

Com esta iniciativa, a principal organização de caridade da Igreja católica pretende contribuir para que a sociedade em geral e os poderes públicos em particular conheçam as boas práticas e as acções significativas que estão dando resultados eficazes para o desenvolvimento humano e que são capazes de inspirar muitas outras mulheres do mundo inteiro a também lutarem para reduzir a insegurança alimentar no local em que vivem.

As Cáritas nacionais, primeiro, e os escritórios regionais, logo em seguida, farão uma selecção dos trabalhos participantes. Dentre os projectos finalistas, um júri internacional composto por representantes da rede da Cáritas e da Götz Foundation escolherá os dois ganhadores.

A entrega dos prémios será feita em maio de 2015, em Roma, coincidindo com a próxima Assembleia Geral da Cáritas Internationalis.

As mulheres, agentes activas de desenvolvimento
Com a sua vasta experiência de trabalho em projectos de desenvolvimento e de ajudas emergenciais em todo o mundo, a Cáritas tem podido comprovar que as mulheres continuam sendo mais vulneráveis do que os homens em situações de pobreza e de insegurança alimentar. No entanto, a Cáritas também observa que as mulheres têm se transformado nas agentes mais activas desses projectos de desenvolvimento.

Em 2010, Bento XVI destacou que, “nas situações de conflito e nos desastres naturais que limitam o trabalho agrícola e o acesso aos alimentos, a mulher tem um papel insubstituível; com frequência, ela é chamada a dirigir cooperativas e a pôr à prova os seus preciosos conhecimentos e habilidades relacionadas com o mundo rural”.

A acção da Cáritas em apoio à mulher tem uma dimensão global, porque a mulher, além de sofrer mais directamente os efeitos da pobreza extrema e da fome, é também um dos agentes mais importantes na luta contra essas situações injustas.

De acordo com a ONU, 80% das mulheres activas nos países em desenvolvimento passam a maior parte da jornada diária produzindo alimentos, com precário acesso a terras, boas sementes e equipamento de produção. Além disso, o trabalho delas não é remunerado e muito menos reconhecido. Se essas mulheres tivessem o mesmo acesso que os homens a esses recursos, a sua produção no campo aumentaria em torno de 20% a 30%, e o número de pessoas que passam fome se reduziria em cerca de 12% a 17%.

É por esta razão que a rede da Cáritas decidiu incluir este prémio no conjunto das acções que está realizando globalmente dentro da campanha “Uma só família humana: alimentos para todos”, cujo objectivo é combater a fome no planeta. A campanha foi lançada pela Cáritas Internationalis em dezembro de 2013 e deverá estender-se até maio de 2015.

Toda a informação sobre o prémio está disponível no site www.caritas.org.



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