Primeiro balanço do evento convocado por Bento XVI e dos efeitos da chegada do novo pontífice
Roma, 02 de Julho de 2013
Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a
Nova Evangelização, fez ontem, na Sala de Imprensa do Vaticano, um
primeiro balanço do Ano da Fé. Fisichella também respondeu às perguntas
dos jornalistas depois de apresentar a Jornada dos Seminaristas,
Noviços, Noviças e Pessoas em Caminho Vocacional, agendada para começar
nesta quinta-feira, 4, e durar até o próximo domingo, 7 de Julho, como
parte do Ano da Fé.
“O balanço parcial, depois de passados três quartos do Ano da Fé,
nos deixa muito felizes e muito gratificados. O trabalho foi grande e
ainda vamos ter mais frutos. Podemos ver uma profunda experiência de fé
que se completa nas dioceses”.
E avaliou: “Em primeiro lugar, estamos registando [nas dioceses] um
aumento constante de iniciativas nas paróquias e [temos] também o fato
de que em muitas dioceses está sendo retomado o estudo dos documentos do
concílio Vaticano II”.
Continua Fisichella: “Os bispos enviaram cartas com documentação e
nos contam como foi vivida, por exemplo, a adoração eucarística nas
dioceses. Um dos pontos mais importantes do Ano da Fé foi que o mistério
da eucaristia esteve no centro em todo o mundo, uma manifestação
silenciosa e de intensa oração, uma expressão profunda de unidade em
torno da eucaristia”.
“Os dados estatísticos disponíveis indicam que as peregrinações a
Roma estão aumentando. Desde 11 de Outubro de 2012 até a semana passada,
foram 4,5 milhões de peregrinos registados, que vêm em grupos. E há
mais alguns milhões não registados, porque vêm por conta própria”.
O presidente do dicastério da Nova Evangelização reconheceu, porém,
que “o central não é o número de fiéis, mas a experiência de fé e de
nova evangelização, porque o Ano da Fé foi concebido como uma
experiência de nova evangelização”.
Qual foi o efeito da eleição do papa Francisco para o Ano da Fé, perguntou ZENIT a dom Rino Fisichella.
“O efeito pode ser avaliado em diversos aspectos, como o grande
número de pessoas que vêm para ver e escutar o papa Francisco. Este é um
resultado imediato, mas o número não é o mais importante, e sim o
empenho dos cristãos que decidem viver a sua fé”.
“O papa Francisco, tanto com as suas palavras quanto com a sua
simplicidade, consegue chegar a todos, com a simplicidade das suas
imagens e com seu estilo de vida sóbrio e essencial, e com seu desejo de
encontrar a todos. Francisco se tornou um modelo que convida cada um de
nós a viver a fé de maneira comprometida”.
Fisichella recordou os dados enviados pelos párocos, que apontam
crescimento na celebração do sacramento da reconciliação. “Os párocos
nos mostram que aumentaram as confissões e que muitas pessoas voltam
porque se sentiram tocadas pela pessoa do papa Francisco”.
E convidou: “Agora cabe a nós, na realidade pastoral quotidiana, tocar em frente este compromisso”.
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