Manifestação pacífica e silenciosa está agendada para 14 de Julho, data nacional da França
Roma, 10 de Julho de 2013
A equiparação das uniões homossexuais com a família
despertou na França uma forte reacção contrária da população, com
manifestações que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.
O movimento Manif pour Tous (Manifestação a Favor de
Todos) organizou diversos protestos na França contra a lei Taubria, que
aprova as uniões homossexuais e a possibilidade de adopção de menores por
casais gays. Participaram dos protestos pessoas de diversos credos,
tendências políticas e até mesmo alguns membros de movimentos
homossexuais contrários à adopção de menores por famílias não
tradicionais.
O governo do presidente socialista François Hollande respondeu com
uma onda de prisões e de repressão policial violenta e inaudita.
O caso do jovem estudante Nicolas Bernard-Busse tornou-se
emblemático: ele foi detido e, com celeridade inédita, condenado a
quatro meses de prisão em um dos maiores presídios da Europa, o
Fleury-Mérogis, onde está trancafiado em uma cela isolada “para a sua
própria segurança”, em palavras das autoridades. Seu “delito” foi o de
manifestar-se em defesa do matrimónio tradicional.
O bispo Marc Aillet deu apoio publicamente a Nicolas e, em
comunicado, recorda que a condenação do jovem universitário por ser
contra a ley Taubria "parece surreal e a pena é desproporcional aos
factos”.
A prisão de Nicolas está despertando perplexidade e reacções em todo o
mundo. Para o dia 14 de Julho, data nacional da França, famosa pelo
lema “Liberdade, igualdade, fraternidade”, estão sendo organizadas
manifestações pacíficas de protesto.
Na Espanha, está programada uma manifestação pacífica e em família,
autorizada pelo governo. A manifestação seguirá o modelo de resistência
silenciosa, iniciado pelos franceses, e coincidirá com uma recepção, na
Embaixada da França, para os cidadãos franceses que moram em Madrid.
“A sociedade francesa soube responder com contundência à imposição
totalitária dos caprichos de uma minoria que não conduz a nada além da
destruição da família e à vulneração do direito dos menores de ter um
pai e uma mãe”, afirma a responsável pela área internacional da
associação espanhola Profesionales por la Ética, Leonor Tamayo,
que acrescenta: “Vamos exigir o fim da repressão policial injusta,
arbitrária e desproporcional, pedir a imediata libertação de Nicolas e
dizer ao governo francês que temos vergonha da covardia da sua resposta
na questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo”.
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