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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Sai um café e um caladinho

Bom dia!

Já alguma vez pediu um café e um caladinho? Há 50 anos, mesmo quando não era pedido, havia quem assim ordenasse o serviço: um café e um caladinho... Momentos recordados por Germano Silva, jornalista de todas as histórias da cidade do Porto, quando conversava com camaradas nos cafés da invicta e alguém percebia a presença de vigias da PIDE... O chefe da sala logo ordenava, de modo a que bem se ouvisse: “Sai um café e um caladinho!”

Germano Silva participou na apresentação da obra da Agência ECCLESIA e do Centro de Estudos de História Religiosa da UCP, onde se apresentam as “permanências, ruturas e recomposições” que acompanharam a Revolução de Abril. O livro fala da guerra, da descolonização, da democracia e do desenvolvimento na sociedade portuguesa, sobretudo nas décadas de 60 e 70 do século passado, foi apresentado na Igreja dos Clérigos, no Porto, e pode encontrar-se nas livrarias a partir da próxima semana ou ser pedido diretamente através do e-mail cep.sgeral@ecclesia.pt ou pelo número de telefone 218 855 460.

Ainda sobre esta publicação, o historiador Nuno Estêvão analisou, em entrevista à Agência ECCLESIA, o “Desenvolvimento” económico e social de Portugal na década de 70, quarta parte da obra “25 de abril: permanências, ruturas e recomposições”, assinalando hoje “um retrato social completamente diferente” e sublinhando o impacto do salário mínimo nacional, reforma da educação e saúde no desenvolvimento de Portugal.

Um projeto que quer contrariar o alheamento de uma parte significativa da população, na celebração de meio século de democracia em Portugal, como lamentou o cardeal D. Américo Aguiar, na 9ª edição do Colóquio Pensamento sobre a Revolução dos Cravos, com a curadoria de Pedro Abrunhosa e Paulo Mendes Pinto, sobre “O 25 de Abril, hoje. Património ou desafio?”, que contou também com a participação de Rui Tavares, porta-voz do partido Livre.

Convidado a recordar os acontecimentos de abril de 74, nomeadamente no contexto católico, o jornalista José António Santos disse que a falta de escuta entre progressistas e conservadores continuar a impedir aplicação do Concílio Vaticano II.

Uma necessária referência ao apelo do Papa, esta quarta-feira: Francisco rezou pelas vítimas da tortura e pediu a libertação de prisioneiros de guerra, evocando em particular os conflitos na Terra Santa e na Ucrânia. Rezemos com o Papa Francisco!

Votos de uma ótima jornada

Paulo Rocha

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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