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sábado, 6 de abril de 2024

Longe vai o tempo em que: O Repórter Estava Lá

Em Portugal 12 cidades acolheram no mesmo dia e à mesma hora a «Caminhada Pela Vida 2024», organizada pela Federação Portuguesa Pela Vida (FPV).


“Caminharam por todas as vidas humanas. Caminharam para defender todos os seres humanos, principalmente, os mais fracos e os mais vulneráveis. Caminharam para defender a vida desde o momento da conceção até à morte natural”.

Foram muitos os bispos portugueses, que se associaram e divulgaram mensagens de apoio e convite às suas dioceses para participarem nesta iniciativa.


‘Sempre pela vida’ foi o tema desta caminhada, no dia 6 de abril, e em conjunto nós vamos levar bem alto o nosso agradecimento por esse dom tão maravilho, por esse dom que nos sintoniza uns com os outros, mas como assinalou o Patriarca de Lisboa, “a vida é o principal caminho de verdade, a principal via para chegarmos até Deus”.                                                                          

D. Rui Valério começou por assinalar que “a vida é o grande dom que Deus criou e ofereceu ao mundo e particularmente à humanidade”, convidando, “com grande veemência, a participar nesta caminhada”.

“Chegou-nos o eco de um país europeu, a França, da consignação constitucional do direito ao aborto, de facto é um retrocesso civilizacional, uma preocupação grave. Saibamos ser sim à vida, que Portugal responda neste sim à vida”.

“A nossa sociedade ocidental que criou os direitos humanos, tão belos, tão evangélicos, infelizmente, a nível da vida está a desprezá-la. Os que acreditamos na vida, quer os católicos, quer outos homens e mulheres de boa vontade, somos chamados a dizer que não há valor nenhum superior ao valor vida”, reiterou D. Manuel Linda.


Numa mensagem publicada na Arquidiocese de Braga,   D. José Cordeiro destacou que “é dever de todos”, de um modo particular dos cristãos, “defender sempre a vida e promover a dignidade de todos os seres humanos”.


“Participar na Caminhada pela Vida é, por isso, um gesto que demonstra, antes de mais, gratidão por este dom que Deus nos dá e é, sobretudo, um alerta para que todos se sintam comprometidos em erradicar na nossa sociedade tudo aquilo que representa um atentado à vida e à dignidade dos filhos de Deus”, salientou o arcebispo de Braga.

Em Viseu, a Caminhada pela Vida foi organizada pela Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV), tendo o bispo diocesano sublinhado que a “vida é um dom precioso”, que se deve estimar, valorizar e dignificar.

“A vida do nosso semelhante deve ser respeitada, só ele tem autonomia para poder decidir o que é melhor pela sua vida. Nós devemos colaborar, ajudando a dignificar a sua vida e a respeitá-la, a vivê-la em plenitude da concepção à morte natural; Que sejamos todos a favor da vida”, salientou D. António Luciano.

O bispo de Aveiro gravou a sua mensagem na Vigília Pascal quando os cristãos celebram “a morte e a ressurreição de Cristo”, sobretudo a “vitória da vida”.

“A vida tem sentido, desde o momento da conceção até à morte natural nós queremos caminhar pela vida em todas as sua dimensões e queremos caminhar pela vida sobretudo apoiando os mais frágeis”, destacou D. António Moiteiro.

A “Caminhada pela Vida” surgiu em 1998 em Portugal, por ocasião do primeiro referendo do aborto e, em 2012, a Federação Portuguesa pela Vida tomou a decisão de a realizar anualmente.

Milhares de pessoas caminharam pelas 12 cidades de Portugal e em uníssono, apelando à dignidade de todo o seu humano. Cidadãos comprometidos com o valor da vida, numa atitude cívica activa e participada.

Pena que as grandes ou pequenas reportagens sejam omissas ou façam por ignorar as motivações do povo que caminha por um Portugal livre e liberto da ideologia da morte.

Maria Susana Mexia

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