terça-feira, 30 de abril de 2024
Vida religiosa, antídoto para mundo «dividido»
Foto: Vatican Media
O Papa destacou ontem, no Vaticano, a experiência de “diversidade” e de internacionalidades das comunidades de vida consagrada, em particular perante um mundo “dividido”. Francisco lembrou as divisões pelo egoísmo e pelo particularismo afirmando: “as diversidades são dons a partilhar, as diversidades são dons preciosos! Sejam profetas disso”, apelou o Papa às delegações dos Filhos da Caridade (Canossianos) e dos Irmãos de São Gabriel, que recebeu em audiência no Vaticano por ocasião de seus capítulos gerais e dos aniversários de nascimento de seus fundadores, respetivamente 250 anos de Santa Madalena de Canossa e 350 anos de São Luís Maria Grignion de Montfort. Hoje e amanhã, a Cáritas diocesana de Coimbra promove, a iniciativa «Estendal Solidário» para apoiar famílias e promover a sustentabilidade ambiental. Por intermédio do Centro de Apoio Social (CAS), a iniciativa visa “não só angariar donativos para apoiar as famílias em situação de carência económica e social que procuram o CAS, mas também contribuir para a preservação do ambiente ao dar uma segunda vida aos bens que já não são utilizados”, informa a nota enviada à Agência ECCLESIA. Esta noite, a
Comunidade Católica com Deficiência Visual, organiza a partir das 21h00, um webinar
na plataforma Zoom com o tema: «Todo o trabalhador tem lugar na vinha do
Senhor?». Numa parceria com o Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência,
esta iniciativa quer comemorar o Dia Internacional do Trabalhador, tendo em
conta que o desemprego afeta com maior incidência as populações mais
vulneráveis da sociedade, como as pessoas com deficiência. Para participar, pode fazer a sua inscrição até às 12h00, através deste link.
Na RTP2, o programa Ecclesia olha o mundo do trabalho e conta com a presença de Américo Monteiro, Coordenador da Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos e de Pedro Esteves, Presidente da Juventude Operária Católica. Tenha um grande dia Henrique Matos |
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Bioética para quê? Abortar, da “compaixão” ao “direito”
“Uma sociedade que mata os seus filhos perde ao mesmo tempo a sua alma e a sua esperança.” Jérôme Lejeune
Uma sociedade que se quer saudável, tão feliz quanto possível, não esquece a máxima universal e intemporal: “Não matarás!”
Proteger a Vida no seu início e também no seu fim, são dois pontos hoje considerados assustadoramente sensíveis. Que princípios éticos estão aqui em causa? A Vida é um direito que deve ser protegido? A resposta é SIM tal como se reconhece na legislação: na Declaração Universal dos Direitos do Homem, “Todo o indivíduo tem direito à vida”; na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, “O direito de qualquer pessoa à vida é protegido pela lei”, e a Constituição da República Portuguesa reconhece que “a vida humana é inviolável”.
Mas, também na lei, a proteção do direito á vida desde o seu início tem vindo a sofrer algumas exceções, inicialmente por “compaixão”, até aos dias de hoje quando parece caminharmos para a aceitação de “matar o filho” por “direito”. Fala-se, evidentemente, do aborto provocado quando se põe, voluntariamente, fim à vida do embrião ou do feto. A palavra “aborto” é geralmente substituída pela expressão “interrupção voluntária da gravidez” (IVG) que mascara a realidade, ocultando a morte da criança.
O que nos diz a Bioética relativamente à IVG? (Tomamos como exemplo a legislação portuguesa): Em Portugal é possível recorrer à IVG se “houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita”. Vejamos: decidir um aborto por razões de doença ou de malformação significa fazer um julgamento sobre o valor da vida de um ser humano. É entender que, porque é portador de uma doença grave, deveria ser impedido de nascer, que a sua vida tem menos valor que a minha. Não será por mera conveniência que se considera que a vida desta criança não tem valor? Seguindo os princípios éticos, é necessário fazer tudo para suprimir a doença, sem eliminar o doente, porque «a medicina é o ódio à doença e o amor ao doente» (Prof. Lejeune). É possível recorrer à IVG, caso “a gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas”. Mas, matar a criança não é juntar um drama a outro drama? O criminoso deve ser punido, mas é inaceitável que a criança inocente deva sofrer a pena de morte que o criminoso não sofre. É possível recorrer à IVG se “for realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez.” Neste caso abre-se a possibilidade de se tratar de uma escolha (será lícito optar pela morte para o seu filho?) ou até mesmo a reivindicação do “direito da mulher a dispor do seu corpo”. Porém, biologicamente, o filho não é uma parte do corpo da mãe: é um outro corpo que no dela se abriga. É, portanto, inaceitável que a mãe possa dispor dele «livremente». E o pai? Será lícito que o pai fique excluído de tão grave decisão? A criança é filho dos dois. Ele é «carne da carne» de cada um deles, na procriação.
Uma sociedade precisa de estar fortemente enraizada em princípios éticos: não pode fugir à realidade de cada pessoa em particular nem pode ceder à tentação de encontrar justificações para aligeirar a tremenda responsabilidade de decisões em matéria tão grave, sobre um ato irreversível, como é o aborto. Por estas razões, tem de encontrar soluções justas que não firam os direitos de nenhuma das pessoas em causa, incluindo a criança.
Como, compatibilizar a compaixão pelo sofrimento – tantas vezes dilacerante - da mulher que rejeita o filho que se desenvolve no seu seio com o direito do filho a viver e até com a objeção de consciência de quem deverá aplicar os procedimentos para a morte da criança?
Uma mulher grávida, sobretudo se está sozinha, pode angustiar-se e sentir que os acontecimentos a ultrapassam. Se a IVG lhe pode parecer a solução menos má, ela tem o direito de saber que muitas mulheres, depois da sua IVG, lamentam dolorosamente não ter feito a escolha da vida e do amor desta criança. Deve saber que o aborto tem consequências psicológicas na mulher. Estas consequências, que podem aparecer logo ou mais tarde, são hoje bem conhecidas e identificadas como “síndrome pós-aborto”. A síndrome “pós-aborto” não se limita a atingir a mãe. Pode também afetar as pessoas que lhe são próximas: o pai, os irmãos e irmãs. Ela tem necessidade de ser ouvida, ajudada e deve saber que, para se libertar do medo e da solidão, pode encontrar pessoas que estão disponíveis para a escutar, a ajudar e a acompanhar.
Um dos graves problemas é, sem dúvida, a falta de condições, muitas vezes materiais. Mas, serão os problemas materiais razão suficiente para abortar, em comparação com o valor da vida de um filho? A melhor maneira de ajudar uma mulher em dificuldades não é ajudá-la a eliminar uma vida, mas ajudá-la a resolver as suas dificuldades. Em certos casos de aflição extrema, pode acontecer que uma mãe não consiga educar o seu filho. Pode então confiar o seu bebé a pais adotivos. Contrariamente ao aborto em que a criança perde tudo, a adoção oferece-lhe uma alternativa: conserva a vida e encontra novos pais. Muitos pais estão predispostos a acolher uma criança por adoção.
«Eu sinto que o maior destruidor da paz, no mundo de hoje, é o aborto, porque é uma guerra declarada contra a criança, a morte pura e simples da criança inocente, a eliminação da criança pela própria mãe. Se nós aceitamos que a mãe tenha o direito de matar o seu próprio filho, como poderemos dizer aos outros para se não matarem entre si?» Madre Teresa
Finalmente, é muito importante precisar: o que cada um descobrir deve ajudá-lo a julgar os seus atos. Não julguemos ninguém! Compete-nos, antes, esclarecer e ajudar. Porque precisamos de “uma atitude de prudência e firmeza, mantendo o rumo e firmando o leme.”
Maria Romano
Professora
Los anglocatólicos británicos pasan a tener obispo propio: David Waller, católico desde 2011
Hay ahora una diferencia importante: aunque Newton llevaba mitra, pectoral, báculo y tiene título de monseñor, es un hombre casado y con hijos y nietos, ordenado sacerdote por una dispensa especial de Benedicto XVI, pero no era obispo. Cuando Newton quería que alguien fuera ordenado sacerdote en el ordinariato, necesitaba que algún obispo amigo realizase la ceremonia de imposición de manos y ordenación sacerdotal.
En cambio, Waller, que en los últimos 4 años ha sido el vicario general del ordinariato, no está casado y el Papa Francisco le designa como obispo del Ordinariato. Así gana independencia y capacidad de acción en Inglaterra, también dentro de la Conferencia Episcopal inglesa (y la de Escocia, donde hay comunidades del ordinariato y una conferencia episcopal propia).
Lo mismo sucedió ya en Estados Unidos. El ordinariato anglocatólico de EEUU y Canadá empezó a caminar en 2012 bajo el liderazgo de Jeffrey Steenson, hombre casado y antiguo obispo episcopaliano de Río Grande. A finales de 2015 fue designado como su ordinario y obispo Steven Lopes, un oficial de Doctrina de la Fe en Roma que conocía bien la situación de los anglocatólicos y es su obispo desde entonces.
Waller cuenta con Lopes como un modelo que hace 9 años que funciona. Pero hay una diferencia: Lopes siempre fue católico, mientras que Waller hace 3 lustros aún era clérigo anglicano. Hay varios obispos conversos en Europa (Arborelius en Estocolmo, o Varden en Trondheim, o Eidsvig en Oslo) pero se convirtieron en su juventud y no habían sido clérigos protestantes.
Los obispos ingleses tendrán que tener muy en cuenta a su nuevo compañero, con una circunscripción grande (toda la isla) y con bastantes sacerdotes, pero pequeña en recursos y en fieles.
Una comunidad nueva, que se afianza
El ordinariato anglocatólico en Gran Bretaña cuenta con unas 60 comunidades, de las que 36 son parroquias completas, aunque pequeñas. Pertenecen a él unos 100 sacerdotes, si bien un tercio tiene más de 75 años. Muchos son hombres casados que tienen algunos trabajos civiles. Roma es quien da el permiso especial, caso a caso, para ordenar a hombres casados que ya tenían años de experiencia como clérigos anglicanos. Son unos 30 los sacerdotes que sirven al Ordinariato a tiempo completo.
La mayoría de sus fieles son antiguos anglicanos que se han hecho católicos, pero también están sus hijos, bautizados dentro de la estructura del ordinariato, o conversos que se bautizan en él. Son católicos que mantienen elementos de la tradición litúrgica anglicana -himnos, detalles del misal y del santoral, aspectos litúrgicos- pero en plena comunión con Roma.
Peregrinos del Ordinariato de Walsingham van al santuario de esta advocación mariana en 2017.
Cuando un cristiano anglicano se siente insatisfecho con la deriva de la Iglesia Anglicana (obispesas, sacerdotisas, liturgias gays, caos doctrinal) puede optar por hacerse católico en una comunidad del ordinariato, hacerse católico en su diócesis católica local o pasarse a alguna comunidad protestante evangélica, que se presentan en varios estilos (algunas más litúrgicas, otras menos).
En Inglaterra, el ordinariato cuenta también con una comunidad de religiosas ex-anglicanas: las Hermanas de la Bendita Virgen María (Sisters of the Blessed Virgin Mary, SBVM), de regla y espiritualidad benedictina.
Un veterano en el ordinariato
Keith Newton ha declarado estar "encantado" con el nombramiento de su mano derecha como sucesor. "Conozco al obispo electo Waller desde hace más de 20 años. Estuvo entre el primer grupo de clérigos anglicanos en ser ordenado sacerdote católico según las disposiciones de la Constitución Apostólica Anglicanorum coetibus en 2011. Desde sus inicios ha estado plenamente involucrado en la vida del Ordinariato y se ha desempeñado como presidente de su Consejo de Gobierno y Vicario General desde 2020. Ha sido un confidente sabio y confiable y es bien conocido y respetado por el clero del Ordinariato. Tene una larga experiencia en el ministerio pastoral tanto en la Iglesia de Inglaterra como en la Iglesia Católica", ha recordado.
A su vez Waller ha pedido que se rece por él mediante la intercesión de la Virgen de Walsingham y de San John Henry Newman. Detalla que en el ordinariato " comunidades pequeñas y vulnerables han ganado confianza y se regocijan de ser una parte plena pero distinta de la Iglesia Católica".
Y añade: "Ya conozco bien a los sacerdotes y fieles laicos del Ordinariato y ahora espero servirles en este nuevo rol. Mi experiencia de estos últimos años es que no hay nada que temer al responder al Señor y que Jesús hace grandes cosas con nosotros a pesar de nuestras insuficiencias".
Canais de criatividade
Bom dia e boa semana, Foi um domingo muito especial para Francisco, primeiro Papa a visitar a Bienal de Arte, em Veneza. O pavilhão da Santa Sé está situado na prisão feminina de Giudecca, onde a viagem começou, junto das reclusas e dos artistas envolvidos na instalação, acompanhados pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, o “ministro da Cultura” do Vaticano. Francisco percorreu os canais mais conhecidos do mundo, onde alertou para os riscos que a sobrecarga do turismo e as alterações climáticas sobre a cidade italiana. Em Veneza houve também um pouco da JMJ Lisboa 2023, numa conversa entre o Papa e jovens das dioceses da região. No final da viagem, houve ainda tempo para recordar a grave crise que afeta o Haiti, com pedidos de ajuda para uma “população desesperada”. Hoje, em Roma, arranca o encontro internacional de párocos para o Sínodo 2021-2024, com a participação de três sacerdotes portugueses. De domingo, recordo a entrevista conjunta Ecclesia/Renascença, com o padre Horácio Noronha, referência da Pastoral Operária em Portugal, a caminho do 1.º de Maio. O mesmo tema esteve em destaque no Programa 70x7, que pode ver ou rever aqui. Esta tarde, já sabe, pode ver o Programa ECCLESIA na RTP2, pelas 15h00. Antes de me despedir, recordo a festa de Santa Catarina de Sena (1347-1380), doutora da Igreja e padroeira da Europa. Deixo votos de boas notícias, sempre, Octávio Carmo |
domingo, 28 de abril de 2024
1º de Maio - 50 anos em liberdade
Bom dia! Seis dias depois do 25 de Abril de 1974, data que marcou o fim da ditadura em Portugal, celebrava-se o 1º de maio em liberdade. De norte a sul do país, centenas de milhares de pessoas saíram de novo à rua para festejar o Dia do Trabalhador. É este o acontecimento que hoje é lembrado por quem o testemunhou, no Programa 70X7, que pode assistir na RTP2, cerca das 17h45. Domingo é também dia de entrevista conjunta da ECCLESIA e Rádio Renascença, que tem esta semana como convidado o padre Horácio Noronha, antigo assistente da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos. Hoje, o Papa está de visita a Veneza (Itália), com passagem pelo Pavilhão da Santa Sé na 60ªexposição Internacional de Arte na Bienal, junto à prisão feminina da Giudecca, na cidade italiana. O espaço do Vaticano é “dedicado ao tema dos direitos humanos e à figura dos últimos”, para promover “a construção de uma cultura do encontro, eixo central do magistério do Papa Francisco”. Foto: Vatican Media Ontem, milhares de avós e netos encontraram-se com o Papa no auditório Paulo VI, uma iniciativa da Fundação ‘Età Grande’, com o nome “A carícia e o sorriso’, procurando “promover o diálogo entre as gerações e valorizar a terceira idade no âmbito social e cultural”. “Os idosos não devem ser deixados sozinhos, devem viver numa família, numa comunidade, com o afeto de todos. E se não puderem viver na família, devemos ir procurá-los e estar perto deles”, defendeu Francisco, que disse ainda que “a marginalização dos idosos corrompe todas as fases da vida, não apenas a da velhice”. Terminou ontem, em Braga, o I Congresso Internacional da Espiritualidade e da Mística em Portugal. A Agência ECCLESIA esteve em reportagem no local, na sexta-feira, dia em que o Instituto de Estudos Avançados em Catolicismo e Globalização (IEAC-GO) apresentou o projeto de elaboração da História Global da Espiritualidade e da Mística em Portugal e de um dicionário sobre o tema, que vai incluir 4000 verbetes. Não deixe de passar em Agência ECCLESIA, onde estão disponíveis todas as novidades da atualidade religiosa. Desejo-lhe um santo 5.ºDomingo da Páscoa, Leonor João |
sábado, 27 de abril de 2024
O último Livro que li… Dignitas Infinita
É deveras importante refletir sobre este tema, nestes
tempos em que a dignidade e tantas questões morais dependem de critérios
totalmente arbitrários ou relativistas. Não sendo um documento inovador em
termos da teoria da dignidade humana, é pertinente na medida em que ousa ir “contra
a corrente”, fiel à missão da Igreja, que S. João Paulo II assinalou em "Veritatis
Splendor.
O texto, para além de todos os fundamentos que
apresenta, considera que a dignidade humana está muito acima do que poderíamos
pensar graças a três convicções: todos somos criados à imagem de Deus, Cristo
elevou essa dignidade e a vocação à plenitude que temos, de sermos chamados à
comunhão com Deus, algo que não se pode dizer de nenhuma outra criatura.
Neste sentido, a declaração apresenta uma primeira
parte (os três primeiros capítulos) que procura lançar as bases da dignidade
humana, apoiando-se no magistério de São João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Este último deu importantes contributos no quarto capítulo, onde é apresentada
uma lista de graves violações da dignidade humana com temas como o aborto, a ideologia de género e a maternidade de
substituição, entre outros.
Outro ponto a salientar é a distinção que faz entre
dignidade ontológica, dignidade moral, dignidade social e dignidade
existencial.
O quarto capítulo oferece-nos uma lista, que não é
exaustiva nem fechada, das graves violações que podemos encontrar no nosso
tempo, muitas delas já conhecidas e outras violações mais recentes, presentes
na sociedade contemporânea e que estão a ser gradualmente normalizadas ou são
pouco faladas.
Antes da publicação da tão esperada declaração, havia
dúvidas sobre se ela abordaria a ideologia de género, uma vez que o Papa
Francisco tinha declarado recentemente que "O perigo mais feio é a
ideologia de género, que anula as diferenças". (Audiência do Papa
Francisco com os participantes da conferência "Homem-Mulher Imagem de
Deus. Por uma antropologia das vocações"). De facto, o texto aponta a
teoria do género como uma das graves violações porque tem a "pretensão de negar a maior diferença
possível entre os seres vivos: a diferença sexual. Esta diferença constitutiva
não é apenas a maior que se pode imaginar, mas também a mais bela e a mais
poderosa: ela realiza, no casal homem-mulher, a mais admirável reciprocidade e
é, portanto, a fonte desse milagre que não para de nos surpreender, que é a
chegada de novos seres humanos ao mundo".
Dignidade infinita é um
contributo da Igreja para esta luta que, como sublinha o Papa Francisco, nunca
acaba e nunca deve acabar quando se trata de direitos humanos e de dignidade
humana, ao mesmo tempo que nos adverte
contra a tentação de eliminar a dignidade humana como fundamento dos direitos
humanos, para que estes sejam deixados ao sabor das ideologias e dos interesses
dos mais fortes.
No passado dia 8 de abril, foi publicada este documento do Dicastério para a Doutrina da Fé sobre a Dignidade Infinita, o qual faz memória do 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Fruto de um trabalho que durou cinco anos apresenta uma lista algumas graves violações da dignidade humana que ainda existem no nosso mundo em 2024.
En muerte clínica, Irmina «conoció» al demonio, el cielo y el infierno: Jesús la «devolvió» curada
Sufrió un grave accidente de coche: mientras se recuperaba tuvo «visiones» sorprendentes
"Antes del accidente era creyente, pero, poco a poco, comencé a distanciarme de Dios. Dejé de ir a la iglesia y de rezar. Caí en malas compañías. Empecé a consumir drogas, beber alcohol y a ir a fiestas. Estuve gravemente enferma durante algún tiempo. Dejé de preocuparme por mí, hice todo lo posible por destruirme", comenta Irmina en el portal Trwajcie w milosci.
La polaca comenzó a interesarse por la magia negra, invocaba espíritus y acudía a adivinos. "Todo esto abrió la puerta al espíritu maligno... Estaba atrapada en graves pecados y tenía pensamientos suicidas. Dos semanas antes del accidente, quería suicidarme", explica.
Salí de mi cuerpo y vi cómo me operaban
El 7 de noviembre de 2015 acudió a un concierto que, sin saberlo, estaba organizado por una secta satánica. "En el camino choqué de frente con un coche que venía en dirección contraria. Grité fuerte a Dios: '¡Señor Dios, si puedes oírme, ¡no me dejes morir, hazme vivir!'. Dios me escuchó. Mi ángel de la guarda estaba conmigo y me dijo: 'No te preocupes, todo estará bien'", relata.
"Me llevaron al hospital en estado grave. Estaba en coma, en la unidad de cuidados intensivos. Tuve traumatismo multiorgánico, insuficiencia respiratoria aguda y muchas fracturas muy complicadas. Todas mis funciones vitales se detuvieron. No podía respirar por mi cuenta ni bombear sangre. Aún así, veía todo lo que sucedía a mi alrededor".
"No podía moverme, experimenté algo típico de las personas que han sobrevivido a la muerte clínica: salí de mi cuerpo y observé desde arriba cómo los médicos me operaban. Le dije a Dios: '¿Cómo es posible que me vea a mí y a los médicos?'. De repente me encontré en un lugar gris y frío. Sentí un dolor y un sufrimiento que me acompañaba todo ese tiempo", explica Irmina.
"En el camino choqué de frente con un coche que venía en dirección contraria. Grité fuerte a Dios: '¡Señor Dios, si puedes oírme, ¡no me dejes morir, déjame vivir!'".
Pero, todo se iba a complicar un poco más. "Me sentía sola, sentía la presencia de espíritus malignos. Venían en gran número, me golpeaban y me atormentaban. Me tiraban y querían llevarme con ellos. Pero, les dije que no me entregaría y que pertenecía a Dios. Me respondieron: '¡Eres un pecadora, Dios no te quiere!'. Los demonios sabían que estaba indefensa. Entonces experimenté un gran sufrimiento por su culpa. Seguí diciéndoles que mi alma pertenecía a Dios y que nunca, aunque siguieran golpeándome, se la daría", comenta.
Gracias a la Virgen, aquel tormento cesó. "Los demonios me atacaban y comencé a decir la oración Bajo Tu Protección. Entonces Nuestra Señora acudió a mí. María vestía túnicas blancas y azules. Su rostro era hermoso. Había tanto amor en Ella. Nunca había experimentado tanta abundancia de amor, paz y alegría interior. Con un gesto de su mano, Nuestra Señora ahuyentó a todos los demonios, quienes inmediatamente huyeron con terribles blasfemias. En ese momento experimenté una gran paz", asegura.
Al estar clínicamente muerta, Irmina no tenía sentido del tiempo. "Después de ser atacada por los demonios y protegida por Nuestra Señora me encontré en una completa oscuridad. De repente apareció una luz misteriosa en medio de la oscuridad. No era deslumbrante ni cegadora, pero llevaba amor. Era una enormidad de amor tan grande que nada de lo que había experimentado antes podía compararse con ello".
"En este túnel de luz, vi a una figura acercándose hacia mí. No caminaba, sino que parecía que fluía. Miré incrédula cuando vi a una persona vestida con túnicas y sandalias. Pensé: '¡Es el Señor Jesús!'. Al principio no me lo creía. Pero Él me sonrió. Recuerdo que su bondad y alegría eran tan grandes que me abrumaron. Jesús vino a mí y me dijo: '¡Confía en mí!'. Le respondí: 'Señor Jesús, no soy digno de mirarte'".
"Y, Él me respondió: '¡Mírame! Irmina, eres una buena persona. Todos se han perdido de alguna manera. Siempre decías oraciones, te escuché'. Entonces rompí a llorar y Él me dijo: '¡Dame tu mano! Creeme, ¡todo irá bien!'. Entonces estreché Su mano y me llevó con Él. Juntos flotamos a través de una especie de túnel oscuro. De repente vi la aterradora realidad del infierno. Parecía el cráter redondo de un volcán del que manaban lava, calor y terribles gritos, gemidos y odio. Los demonios intentaban arrastrarme", recuerda Irmina.
Jesús me mostró el cielo
Sin embargo, los demonios cayeron al infierno e Irmina, junto con Jesús, cruzaron sanos y salvos al otro lado. "Entonces vi una tierra de impresionante belleza. ¡Nunca había visto algo así en mi vida! ¡No tengo palabras para expresar lo hermoso y maravilloso que era! El cielo está lleno de felicidad, libertad y amor. Me dije: 'Me quedaré aquí. ¡Es tan maravilloso!'".
"Jesús hizo que me diera cuenta de que hay un cielo y un purgatorio donde las personas sufren las consecuencias de sus pecados y maduran hasta llegar al cielo, y que hay una realidad aterradora que es el infierno eterno. Mientras estaba en coma, los médicos llamaron a mi familia y les informaron de que estaba en estado crítico y de que tenían que despedirse de mí porque me estaba muriendo, que no sobreviviría hasta la mañana".
Irmina estaba en un hospital en Wrocław (Polonia), y cuando su ex novio, a quien había dejado antes de entrar en la mala vida, se enteró de su estado, fue a verle desde Poznań. "Él rezaba por mí, cuidándome todo el día. Sus padres habían muerto de cáncer. Él me pidió llorando que no muriera yo también. Decidió ir a la iglesia a rezar, pero el templo ya estaba cerrado. Entonces se detuvo junto a la estatua de María y empezó a gritar a Dios y a Nuestra Señora para que me dijeran que debía volver con él, porque me necesitaba".
Irmina mientras estuvo en muerte clínica tras el accidente.
"También empezó a pedir a sus padres que me dijeran que debía volver con él. Estando clínicamente muerta, escuché su llamado. Me acordaba muy bien de la madre de este chico. Estaba con ella cuando murió. Juré que tras su muerte cuidaría de su hijo y que nunca lo abandonaría. Sin embargo, no cumplí esta promesa. Y de repente, mientras estaba clínicamente muerta, ¡observé a los padres de mi ex novio a lo lejos! Se acercaron a mí y me abrazaron", relata Irmina.
"La madre de este chico me dijo: 'Irmina, ¿recuerdas lo que me prometiste? ¿No quieres volver a la tierra ahora? Dije que no. Sin embargo, insistieron: "¡Por favor, regresa!". Finalmente, entre lágrimas, acepté regresar a la tierra. Al despedirse de mí, los padres de mi ex me dijeron: 'Recuerda, cuando hables con nuestro hijo, dile que aunque ya no vivamos con él, siempre estamos con él y lo queremos mucho'".
"Entonces, llorando, me volví hacia Jesús y le pregunté: '¿Puedo volver a la tierra?'. El Señor me respondió: 'Bien. Pero cuando regreses a la tierra sufrirás mucho. Tendrás muchas cirugías. Verás cómo son las personas que te rodean. Verás con quién puedes contar. ¿Estás lista?'. Respondí: 'Sí, estoy lista'. Entonces Jesús dijo: 'Prométeme que proclamarás que soy real, que el cielo es real, que existe el purgatorio y que también existe el infierno'".
Irmina le prometió que lo haría. "Entonces Jesús me preguntó tres veces más: '¿Estás segura de que quieres volver?'. Tan pronto como respondí que sí, me sentí mal inmediatamente. En el mismo momento en que mi familia empezó a despedirse de mí, yo, estando en cuidados intensivos, comencé a mover los dedos. Los equipos médicos comenzaron a enviar señales sobre el regreso de mis funciones vitales".
Así quedó el coche de Irmina tras el accidente.
"El sacerdote que me dio la Unción de los Enfermos al día siguiente que desperté dijo que nunca olvidaría este momento. Cuando me vio, supo que algo había sucedido. Mi rostro radiante y mi extraordinaria sonrisa cuando hablaba de Jesús le causaron una gran impresión. Cuando desperté del coma, comencé a contarle a mi familia mi encuentro con el Señor y todo lo que había vivido", explica.
Tras despertar, los médicos fueron cautelosos. "No sabía si mi cuerpo realizaría de inmediato las funciones vitales, por lo que primero desconectaron el equipo y luego me extubaron. ¡Podía funcionar por mi cuenta! Los médicos se sorprendieron. ¡Fue un verdadero milagro! Durante las dos primeras semanas no vi nada. Luego recuperé la vista, había sufrido un derrame. Aunque mi ex novio notó que algo andaba mal".
"Los médicos no creyeron mis 'extrañas' historias sobre el encuentro con María, Jesús y las visiones del cielo, el purgatorio y el infierno. Pensaron que había perdido la cabeza. ¡Así que me ataron a la cama! Mi derrame cerebral se había expandido, estaba literalmente a pocos milímetros de que me cortaran las vértebras cervicales. Podría morir en cualquier momento. Entonces todos empezaron a rezar por mí. Yo era optimista. Si Dios me había salvado de la muerte una vez, no me dejaría morir ahora".
Y, milagrosamente, el derrame cerebral se revertió por completo. "Podía volver a hablar y a mover la mano. Todo había vuelto a la normalidad. En los cuatro años y medio transcurridos desde el accidente me sometí a 32 cirugías y a una larga rehabilitación. Sabía que me recuperaría. Era lo que Dios quería. He aprendido a agradecer a Dios por cada actividad, incluso la más pequeña. Aunque, desde el accidente no podía caminar con normalidad y mucho menos arrodillarme", precisa Irmina.
"Sin embargo, queriendo cumplir con la promesa que hice ante Nuestra Señora en el cielo, fui a Jasna Góra para agradecer a María por su intercesión. Cuando estaba caminando con muletas ante la pintura milagrosa de repente sentí que ya no las necesitaba. ¡En el día Pascua, Dios me sanó y ahora puedo caminar y arrodillarme!".
"Durante la muerte clínica, vi desde el cielo todo lo que sucedía a mi alrededor. Cierto médico fue grosero conmigo. Mientras estaba en coma, vi cómo él y las enfermeras hacían una fiesta en su habitación. Vi exactamente lo que estaban bebiendo. Cuando el médico se acercó a mí después de que me despertara, comenzó a atacarme: '¡Estás mintiendo! Deja de hablar de Jesús'".
Sé lo que hiciste el sábado
"Entonces le pedí que me desatara de la cama. Pero, el médico continuó con sus comentarios. Le dije: 'Doctor, sé lo que hizo el sábado por la noche. ¿Recuerdo cómo se emborrachaba con las enfermeras? Si no me desabrocha y siguen blasfemando contra Jesús, cuando venga el jefe le contaré lo que hicieron'. Entonces el médico palideció".
"Me respondió rápidamente: 'Por favor, no se lo cuentes a nadie. ¡Te creo! ¡Te desabrocharé y nunca más diré nada malo sobre Jesús!'. Pero, llegó el jefe del hospital y preguntó sorprendido: '¿Por qué la desabrochaste?'. Y, el médico, dijo: '¡Ya no era necesario! ¡Ella está bien!". A partir de ese momento, el médico cambió por completo. Creyó en Jesús. Luego habló conmigo con entusiasmo, haciéndome muchas preguntas".
"Desde que 'regresé a la vida en la tierra' he tratado de cumplir la promesa que le hice a Dios. Hablo mucho de Él, aunque la gente me mire mal o se burle. Siempre proclamaré que el Señor está con nosotros presente en los sacramentos, en la penitencia y en la Eucaristía, y que quiere obrar en nuestras vidas. Después de esta experiencia dejé por completo las malas compañías y comencé a predicar la palabra de Dios".
Puedes ver aquí cómo era el infierno para sor Faustina.
"Cuando miro hacia atrás, veo claramente que Dios planeó todo. Primero me esperó pacientemente, y luego permitió este accidente. Si no fuera por este hecho tan difícil para mí, no sé cómo continuaría mi vida. Seguiría una vida 'mundana'. Este accidente se convirtió en una bendición para mí. Gracias a él experimenté una profunda conversión. Del 'otro lado' encontré a Jesús y María, pero también la aterradora realidad del infierno y de los espíritus malignos. ¡Sé que el cielo, el purgatorio y el infierno realmente existen!", concluye.
O «1º de Maio» já espreita
Bom dia, paz e bem!! Depois das comemorações do «25 de abril», o «1º de Maio» é a comemoração que se segue e que importa recordar e assinalar. A reportagem da Agência ECCLESIA, esta quinta-feira, nas ruas de Lisboa, realizada pelos jornalistas Luís Santos e João Gralha, já teve esse olhar Deolinda Machado, membro da Liga Operária Católica (LOC), lembrou que o 1º de Maio de 1974 “foi a libertação total”, as pessoas “saíram à rua em massa, em grande massa”. “Nunca houve, de facto, um 1º de Maio tão grande, tão forte, tão participado e a dizer que é possível, os três oitos: oito horas para trabalhar, oito horas para descansar, oito horas para o lazer.” Os 50 anos do primeiro 1º de Maio, através de testemunhos de quem o viveu, vão estar em destaque no Programa ‘70×7’, este domingo, dia 28 de abril, pelas 17h45, na RTP2. O padre Constantino Alves, da Diocese de Setúbal, afirma que a celebração dos 50 anos do primeiro 1º de Maio, é uma oportunidade para “revisitar, redescobrir e recordar” os desafios do trabalho e da dignidade humana. “Há realidades que continuam a ser extremamente problemáticas, apelativas, interpeladoras, à sociedade no seu conjunto, aos governantes, aos trabalhadores e à Igreja”, disse o padre que foi operário e durante oito anos esteve sindicalizado. No Dia do Trabalhador de 1974, o padre Constantino Alves encontrou a Avenida dos Aliados, no Porto, “repleta de gente com cravos vermelhos, cartazes, canções e alegria”. “Muito rapidamente os trabalhadores começaram a organizarem-se, servindo-se de experiência de lutas clandestinas nas fábricas e nas empresas, também com militantes formados e ligados ao Partido Comunista, quer militantes cristãos da escola da Juventude Operária Católica, da Ação Católica, e que, conseguiram, muito rapidamente, efetuar uma transformação dos sindicatos e rapidamente pelo país inteiro começou a abrir-se um campo imenso de possibilidades.” No Santuário de São Bento da Porta Aberta, termina hoje o I Congresso Internacional de Espiritualidade e Mística, com o tema ‘À procura do não limite’, no Bom Jesus. É promovido pelo Instituto de História e Arte Cristãs (IHAC) e pelo Instituto de Estudos Avançados em Catolicismo e Globalização (IEAC-GO), tem o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). “Nós não conhecemos os místicos portugueses, os grandes mestres espirituais. Alguns internacionais acabam por ser mais conhecidos, mas a nível nacional não; Conhecer quanto os místicos tiverem uma influência enorme em diferentes áreas sociais, desde a política, a Sociologia, a Antropologia, a Filosofia, a História e também dentro da própria Teologia… É pena que isso fique perdido, que isso fique na sombra”, disse Eugénia Abrantes, presidente da Comissão Científica do congresso, à Agência ECCLESIA. Já no Programa ECCLESIA deste sábado, na rádio Antena 1, fomos até à Diocese de Bragança-Miranda para ter novidades sobre o processo sinodal naquelas comunidades de Trás-os-Montes. Se já ouvimos a sua diocese, está aqui. “Creio que o facto de estarem muitos jovens e de se sentirem implicados, de se sentirem envolvidos, vai possibilitar com que depois a raiz fique e ela se vá estendendo e criando uma árvore harmoniosa e bela na dimensão da sinodalidade, nesta forma de ser Igreja”, assinalou o padre José Bento Soares, da equipa sinodal de Bragança-Miranda. Votos de um bom fim
de semana, na nossa companhia e da atualidade em www.agencia.ecclesia.pt. |