Páginas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

No meio das vicissitudes um convite…

Decorria o ano de 1830 quando a 19 de Julho, na Rue du Bac, em Paris, Nossa Senhora apareceu a Catarina Labouré, uma jovem de vinte e quatro anos que acabava de começar o noviciado nas Filhas da Caridade, instituição fundada por S. Vicente de Paulo, com a missão de se ocupar dos doentes e dos idosos.

O Panorama político e social estava muito confuso e tenso, os efeitos da Revolução Francesa de 1789 deixaram marcas profundas, o descontentamento era geral e a miséria impunha-se aos mais desfavorecidos de forma muito violenta.

Os tempos eram maus, havia desgraças de toda a espécie no mundo inteiro, mas no meio de tantas vicissitudes, a mensagem de Nossa Senhora indicava o remédio: vinde aos pés deste altar. Aqui serão derramadas graças sobre todas as pessoas que as peçam com confiança e piedade. Serão derramadas sobre grandes e pequenos.

Na sua primeira aparição Nossa Senhora foi acolhido por milhões de pessoas, das mais diversas culturas e origens, que se ajoelhavam aos pés da Virgem Milagrosa, numa pequena Capela situada em pleno coração da capital francesa.

Durante uma segunda aparição, em 27 de Novembro de 1830, um sábado e véspera do primeiro domingo do Advento, Catarina viu a Virgem Maria e, à sua volta, um halo sobre o qual apareciam escritos em ouro os seguintes dizeres: Oh, Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós. E um desejo de Santa Maria: manda gravar uma medalha de acordo com este modelo. As pessoas que a usarem irão receber grandes graças; as graças serão muito abundantes para todos aqueles que tiverem confiança.

As primeiras medalhas foram difundidas em Maio de 1832 e os frutos não se fizeram esperar. A partir desse momento, atribuem-se à Medalha Milagrosa – assim chamada pela devoção popular – numerosas conversões e curas.

A vida de Catarina depois das aparições foi muito discreta e escondida. Viveu quarenta e seis anos num asilo-hospital nos arredores de Paris, encarregando-se sempre de tarefas humildes.

Morreu a 31 de Dezembro de 1876, com setenta anos. Pio XII canonizou-a em 27 de Julho de 1947. A sua festa litúrgica celebra-se a 28 de Novembro

Maria Susana Mexia 


Sem comentários:

Enviar um comentário