Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo Sophia Na minha rua cantou-se a «Grândola», alguns timidamente outros com vontade, apesar da coluna que caiu ao chão de um sexto andar e inviabilizou o grito de liberdade. Teve menos eco, mas nem por isso menos vontade, e se Sophia de Melo Breyner escreveu naquela noite, de tempo pascal, que o sonho se estava a concretizar, temos nós a responsabilidade da resiliência e do testemunho. Também no que à informação diz respeito, apontando as dificuldades que o setor atravessa e que o presidente da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) foi apresentar ao Presidente da República, na véspera, precisamente, do Dia da Liberdade. “Quando um jornal fecha as portas num concelho, a democracia sai prejudicada assim como a comunidade que serve. Nunca foi tão importante uma imprensa regional ativa, com qualidade, que a temos, que sempre assumiu as suas responsabilidades; há bons projetos regionais e fechando a porta à democracia, acabam os jornalistas por não ter acesso ao mercado de trabalho”, sublinha Paulo Ribeiro, presidente da AIC à Agência ECCLESIA. Desde o início da crise económica, decorrente das medidas de confinamento para combater a pandemia do Covid-19, 30 jornais suspenderam a sua publicação, indica o responsável, que dá conta de uma inventariação feita diariamente. Se fecha um jornal, “é a coesão social que fica em causa”, para além da ligação à diáspora. O bispo de Portalegre-Castelo Branco publicou um texto onde fala da importância de se celebrar o 25 de abril, dia nacional “que a todos orgulha e enobrece o país”. “Cada país tem o seu Dia Nacional, o qual, infelizmente, nem sempre é o dia da conquista da liberdade, dentro daquela Liberdade e Dignidade de filhos de Deus. Por paradoxal que pareça, esses dias nacionais vão-se sucedendo uns aos outros, tal como aquelas afirmações que são tão verdade enquanto não vem outro e diz o contrário. Parece que cada tempo tem de ter forçosamente os seus heróis. Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, sobretudo quando os que governam se esquecem da sua verdadeira missão ao serviço do povo”, escreve D. Antonino Dias num texto intitulado «O Ruído das Liberdades de Abril», publicado no facebook. Apesar do cansaço, há sempre alguém que mostra que se pode caminhar mais. Assim quis lembrar o bispo auxiliar do Porto, D. Pio Alves, a missão generosa que os profissionais dos lares continuam a concretizar, num texto publicado na Ecclesia com o titulo «Heróis entre heróis». Este sábado o papa Francisco lembrou também os profissionais dos serviços fúnebres que com dor e tristeza cumprem a sua missão e pediu para que sejam tidos na oração de cada pessoa. Com o aproximar do mês de maio, Francisco deixou também a sugestão de se retomar a tradição da oração do terço em família, sugerindo duas orações a Maria neste tempo de pandemia do Covid-19. Quer descobrir o que há mais no portal da Agência Ecclesia? Tenha um excelente domingo, em casa, a cuidar de si e de todos nós! Lígia Silveira |
domingo, 26 de abril de 2020
«O dia inicial inteiro e limpo»
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