Já percebeu a quantidade
de boas iniciativas, criativas, em saída, inovadoras, próximas, comunitárias,
que neste tempo são desenvolvidas? De norte a sul chegam boas ideias… A Arquidiocese de Braga anunciou, por exemplo, a criação de uma bolsa de recursos humanos para a substituição dos profissionais que, por estarem infetados com o novo coronavírus ou em quarentena, deixam de poder prestar o seu serviço, numa gestão feita em conjunto pela Cáritas de Braga e pela União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS Braga). Também a comunidade paroquial da Areosa, na Diocese do Porto, procura “ir ter com o povo” com um projeto de “telecatequese” e a transmissão de celebrações da Palavra online com o contributo dos grupos, procurando “que ninguém se sinta abandonado”. “Pareceu-nos importante, a mim e ao pároco, as celebrações online e que nunca poderíamos abandonar o nosso rebanho. A Bíblia diz isso em muitas passagens e pensámos: o que vamos agora fazer agora que o povo não pode ir à igreja?”, conta o padre José Maia, vigário paroquial, à Agência ECCLESIA. Ainda a norte, ficámos a saber que a Misericórdia do Porto antecipou o lançamento de uma plataforma de visitas à distância, o ‘Remote Visiting’, para permitir que a população mantenha, por tempo indeterminado, o isolamento social, face à pandemia de Covid-19. “Através das novas tecnologias, agora por videochamada, é possível voltar à rotina das visitas, fundamentais para o bem-estar dos clientes, familiares e pessoas de referência”, referiu a instituição. Ainda tem dúvidas que estamos todos no mesmo barco? O bispo de Bragança-Miranda dirigiu uma mensagem à diocese, afirmando que o “mal comum” da pandemia “só se pode vencer com o bem comum”. “Estamos todos na mesma barca, como nos lembra o Papa Francisco, temos de nos confiar uns nos outros, nas autoridades autárquicas, saúde, civis, na PSP e GNR, Bombeiros e voluntários, médicos, enfermeiros e todos os profissionais de saúde e todos os outros que fazem com que a vida tenha um horizonte de esperança em cada dia”, declara D. José Cordeiro. Deixo-lhe ainda a sugestão de acompanhar a conversa que mantive com a investigadora em história religiosa Cátia Tuna sobre o seu trabalho de doutoramento sobre o fado e a oração. A investigadora em história religiosa, afirma que o cruzamento da Teologia com outras áreas de saber, como no caso do fado, confere a esta ciência um carácter de humildade e “autoconhecimento” que a tornam “pertinente”. “O diálogo com a Historia dá-lhe o dom de ter a realidade como plataforma primeira de conhecimento e isso é um instrumento de grande humildade: escutar o que a realidade tem para nos dizer, nas suas sombras e luzes, de violento e inexplicável, e ver, no encontro, que tantas vezes é um desencontro, e perceber o que pode e não dizer”, afirma a autora da tese «Não sei se canto, não sei se rezo – ambivalências culturais e religiosas do fado entre os anos 1926-1945». Para ver se não teve a oportunidade no passado domingo. Esta semana Sandra Chaves Costa, do Gabinete de Escuta, dá-nos a mão para caminharmos nesta Quaresma de quarentena através do sentido da audição. É a última semana desta caminhada pelos cinco sentidos, que pode encontrar no portal da Agência Ecclesia. Encontramo-nos lá? Tenha um excelente dia! Lígia Silveira |
quarta-feira, 1 de abril de 2020
Alimentar a esperança
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