No dia 4 de Outubro festejou-se S. Francisco de Assis o santo da humildade, protector da Natureza e cujo nome foi escolhido pelo nosso Papa. Na encíclica “Louvado Sejas” o Papa faz contínuas referências a S Francisco e à sua acção na defesa da Criação dizendo que não era um simples asceta mas “uma renuncia a fazer da realidade um mero objecto de uso e domínio. Por outro lado, São Francisco, fiel à Sagrada Escritura, propõe-nos reconhecer a natureza como um livro esplêndido onde Deus nos fala e transmite algo da sua beleza e bondade: «Na grandeza e na beleza das criaturas, contempla-se, por analogia, o seu Criador» (Sab 13, 5) e «o que é invisível n’Ele – o seu eterno poder e divindade – tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras»” (ponto 12).
O santo de Assis é o padroeiro dos animais e o Papa também condena os maus-tratos aos animais e diz ser errada a visão dos outros seres vivos como “objectos” que podem ser “submetidos ao domínio arbitrário do ser humano”. Diz ainda que a Natureza não pode considerar-se “objecto de lucro e de interesse”.”
A visão que consolida o arbítrio do mais forte favoreceu imensas desigualdades, injustiças e violências para a maior parte da humanidade, porque os recursos tornam-se propriedade do primeiro que chega ou de quem tem mais poder: o vencedor leva tudo”. Nesse mesmo sentido a superioridade do ser humano não deve ver-se como “domínio irresponsável” mas como “capacidade diferente que por sua vez, lhe impõe uma grave responsabilidade derivada da sua fé”.
O Papa alerta-nos para que a “indiferença ou a crueldade” com as outras criaturas acaba por “repercutir-se no tratamento dos seres humanos”, “O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura «é contrário à dignidade humana». Não podemos considerar-nos grandes amantes da realidade, se excluímos dos nossos interesses alguma parte dela: «Paz, justiça e conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo».
Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra. (pontos 82 e 92).
O Papa usa a linguagem de S Francisco no maravilhoso Cântico das Criaturas que todos poderemos ler e que pode considerar-se um dos mais belos hinos de louvor ao nosso Criador.
Regressada de férias, vivificada pelo mar, confesso que senti sempre alguma nostalgia para não dizer tristeza, ao ver e ouvir o que se passava e infelizmente continua a passar-se com os migrantes, aqueles que não procuram uma melhor vida mas simplesmente “só a Vida porque para trás só deixaram morte”. Olhando a imensidão do mar pedi a Deus por todos eles e convido a todos a que se não for possível fazer mais nada, pelo menos se faça uma corrente de oração por aqueles nossos irmãos.
Também foi com alguma ansiedade que vi os fogos que nos fustigaram principalmente no norte e centro do país. Pergunto-me como é possível ainda haver incendiários criminosos ou descuidados. É assim que cuidamos da nossa casa comum que é a Terra?
O santo de Assis é o padroeiro dos animais e o Papa também condena os maus-tratos aos animais e diz ser errada a visão dos outros seres vivos como “objectos” que podem ser “submetidos ao domínio arbitrário do ser humano”. Diz ainda que a Natureza não pode considerar-se “objecto de lucro e de interesse”.”
A visão que consolida o arbítrio do mais forte favoreceu imensas desigualdades, injustiças e violências para a maior parte da humanidade, porque os recursos tornam-se propriedade do primeiro que chega ou de quem tem mais poder: o vencedor leva tudo”. Nesse mesmo sentido a superioridade do ser humano não deve ver-se como “domínio irresponsável” mas como “capacidade diferente que por sua vez, lhe impõe uma grave responsabilidade derivada da sua fé”.
O Papa alerta-nos para que a “indiferença ou a crueldade” com as outras criaturas acaba por “repercutir-se no tratamento dos seres humanos”, “O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura «é contrário à dignidade humana». Não podemos considerar-nos grandes amantes da realidade, se excluímos dos nossos interesses alguma parte dela: «Paz, justiça e conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo».
Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra. (pontos 82 e 92).
O Papa usa a linguagem de S Francisco no maravilhoso Cântico das Criaturas que todos poderemos ler e que pode considerar-se um dos mais belos hinos de louvor ao nosso Criador.
Regressada de férias, vivificada pelo mar, confesso que senti sempre alguma nostalgia para não dizer tristeza, ao ver e ouvir o que se passava e infelizmente continua a passar-se com os migrantes, aqueles que não procuram uma melhor vida mas simplesmente “só a Vida porque para trás só deixaram morte”. Olhando a imensidão do mar pedi a Deus por todos eles e convido a todos a que se não for possível fazer mais nada, pelo menos se faça uma corrente de oração por aqueles nossos irmãos.
Também foi com alguma ansiedade que vi os fogos que nos fustigaram principalmente no norte e centro do país. Pergunto-me como é possível ainda haver incendiários criminosos ou descuidados. É assim que cuidamos da nossa casa comum que é a Terra?
Maria Teresa Conceição
Professora aposentada
Professora aposentada
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