Bartolomeu e Francisco, como já fizeram em Jerusalém, assinaram uma declaração conjunta
Roma, 01 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Sábado passado, (29), após a celebração da Divina Liturgia
na Igreja Ortodoxa de São Jorge, em Istambul, o Patriarca Bartolomeu e o
Papa Francisco apareceram na varanda do patriarcado ecuménico e
abençoaram simultaneamente os fiéis que estavam no pátio. O Papa deu a bênção em latim, o patriarca em grego. Depois foram à Sala do trono para
ler e assinar uma Declaração Conjunta, assim como fizeram em seu
encontro em Jerusalém, em maio passado. Dessa forma “reafirmaram juntos
nossas comuns intenções e preocupações”.
E assim, expressaram a sua sincera e firme intenção "de
intensificar os nossos esforços para a promoção da plena unidade entre
todos os cristãos e especialmente entre católicos e ortodoxos”. É
possível ler no texto que querem “manter o diálogo teológico promovido
pela Comissão Mista Internacional” que “está tratando actualmente as
questões mais difíceis que marcaram a história da nossa divisão e que
requerem um estudo atencioso e profundo”.
Também expressaram preocupação "com a situação no Iraque, na Síria e
em todo o Oriente Médio". Estamos unidos no desejo – afirmam – de paz e
de estabilidade e na vontade de promover a resolução de conflitos
através do diálogo e da reconciliação. A este respeito fizeram um apelo
aos que têm a responsabilidade do destino dos povos “para que
intensifiquem o seu compromisso pelas comunidades que sofrem e lhes
permitam, incluindo as cristãs, permanecer em sua terra natal”. Não
podemos resignar-nos a um Oriente Médio sem cristãos, dizem.
E também falaram de um "ecumenismo do sofrimento." A terrível
situação dos cristãos no Oriente Médio exige não apenas oração, mas a
resposta adequada da comunidade internacional, indicam Bartolomeu e
Francisco. Além disso, reconheceram também a importância da promoção de
um diálogo construtivo com o Islão, “baseado no respeito e na amizade”.
Portanto, "como líderes cristãos, exortamos todos os líderes
religiosos a continuar e reforçar o diálogo inter-religioso e a cumprir
todo esforço para construir uma cultura de paz e de solidariedade entre
as pessoas e entre os povos".
Finalmente, recordaram todos os povos que sofrem por causa da guerra.
Em particular, "rezamos pela paz na Ucrânia, país com uma antiga
tradição cristã", e pediram para as partes em conflito buscar o caminho
do diálogo e do respeito do direito internacional para acabar com o
conflito.
(01 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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