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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

"Não podemos nos resignar a um Oriente Médio sem cristãos"

Bartolomeu e Francisco, como já fizeram em Jerusalém, assinaram uma declaração conjunta


Roma, 01 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


Sábado passado, (29), após a celebração da Divina Liturgia na Igreja Ortodoxa de São Jorge, em Istambul, o Patriarca Bartolomeu e o Papa Francisco apareceram na varanda do patriarcado ecuménico e abençoaram simultaneamente os fiéis que estavam no pátio. O Papa deu a bênção em latim, o patriarca em grego. Depois foram à Sala do trono para ler e assinar uma Declaração Conjunta, assim como fizeram em seu encontro em Jerusalém, em maio passado. Dessa forma “reafirmaram juntos nossas comuns intenções e preocupações”.

E assim, expressaram a sua sincera e firme intenção "de intensificar os nossos esforços para a promoção da plena unidade entre todos os cristãos e especialmente entre católicos e ortodoxos”. É possível ler no texto que querem “manter o diálogo teológico promovido pela Comissão Mista Internacional” que “está tratando actualmente as questões mais difíceis que marcaram a história da nossa divisão e que requerem um estudo atencioso e profundo”.

Também expressaram preocupação "com a situação no Iraque, na Síria e em todo o Oriente Médio". Estamos unidos no desejo – afirmam – de paz e de estabilidade e na vontade de promover a resolução de conflitos através do diálogo e da reconciliação. A este respeito fizeram um apelo aos que têm a responsabilidade do destino dos povos “para que intensifiquem o seu compromisso pelas comunidades que sofrem e lhes permitam, incluindo as cristãs, permanecer em sua terra natal”. Não podemos resignar-nos a um Oriente Médio sem cristãos, dizem.

E também falaram de um "ecumenismo do sofrimento." A terrível situação dos cristãos no Oriente Médio exige não apenas oração, mas a resposta adequada da comunidade internacional, indicam Bartolomeu e Francisco. Além disso, reconheceram também a importância da promoção de um diálogo construtivo com o Islão, “baseado no respeito e na amizade”.

Portanto, "como líderes cristãos, exortamos todos os líderes religiosos a continuar e reforçar o diálogo inter-religioso e a cumprir todo esforço para construir uma cultura de paz e de solidariedade entre as pessoas e entre os povos".

Finalmente, recordaram todos os povos que sofrem por causa da guerra. Em particular, "rezamos pela paz na Ucrânia, país com uma antiga tradição cristã", e pediram para as partes em conflito buscar o caminho do diálogo e do respeito do direito internacional para acabar com o conflito.

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