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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Vaticano-ONU: acção multilateral para combater o terrorismo

O secretário de Estado do Vaticano participa da 69ª sessão da Assembleia das Nações Unidas, em que a comunidade internacional discute que meios usar contra a agressão


Roma, 01 de Outubro de 2014 (Zenit.org)


O secretário de Estado do Vaticano, dom Pietro Parolín, discursou na 69ª sessão da Assembleia das Nações Unidas em Nova Iorque e declarou que “a Santa Sé deseja vivamente que a comunidade internacional assuma a responsabilidade de determinar quais são os melhores meios para parar toda agressão e evitar que se perpetrem novas e maiores injustiças”. O texto foi divulgado hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

“É lícito e urgente”, asseverou o cardeal, “deter a agressão através de uma acção multilateral e com uso proporcional da força”, em vista das novas formas de terrorismo transnacional. O pedido, portanto, é de uma “renovada acção das Nações Unidas” para “promover e preservar a paz”.

O cardeal manifestou desilusão com o fato de a comunidade internacional ter se pronunciado de maneiras contraditórias ou ficado em silêncio diante dos conflitos na Síria, no Oriente Médio em geral e na Ucrânia. Parolín pediu “unidade de ação para o bem comum, evitando o fogo cruzado dos vetos”.

Além disso, o secretário de Estado do Vaticano solicitou que os países protejam os mais frágeis “com espírito de solidariedade”, enfrentando “crimes odiosos como o genocídio, a limpeza étnica e a perseguição de fundo religioso”.

“Os jovens que vão para o exterior a fim de se unir às organizações terroristas procedem com frequência de famílias de emigrantes pobres, decepcionados com o que percebem como uma situação de exclusão e de falta de valores em algumas sociedades opulentas. Junto com as ferramentas legais e com os recursos para impedir que os cidadãos se tornem combatentes terroristas estrangeiros, os governos devem se comprometer com a sociedade civil para enfrentar os problemas das comunidades com maior risco de recrutamento e de radicalização e conseguir a sua integração social serena e satisfatória”.

“Aqui, hoje, não posso deixar de mencionar que muitos cristãos e minorias étnicas sofreram nos últimos meses, na Síria e no Iraque, atrozes perseguições e sofrimentos. Seu sangue nos pede a todos um empenho constante para respeitar e promover a dignidade de cada pessoa individualmente, como querida e criada por Deus”.

Parolín encerrou seu discurso destacando a importância de se abordar este grave problema com uma “política de amplas perspectivas, que não imponha rigidamente modelos políticos que a priori menosprezam a sensibilidade de alguns povos”.

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