O secretário de Estado do Vaticano participa da 69ª sessão da Assembleia das Nações Unidas, em que a comunidade internacional discute que meios usar contra a agressão
Roma, 01 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
O secretário de Estado do Vaticano, dom Pietro Parolín,
discursou na 69ª sessão da Assembleia das Nações Unidas em Nova Iorque e
declarou que “a Santa Sé deseja vivamente que a comunidade
internacional assuma a responsabilidade de determinar quais são os
melhores meios para parar toda agressão e evitar que se perpetrem novas e
maiores injustiças”. O texto foi divulgado hoje pela Sala de Imprensa
da Santa Sé.
“É lícito e urgente”, asseverou o cardeal, “deter a agressão
através de uma acção multilateral e com uso proporcional da força”, em
vista das novas formas de terrorismo transnacional. O pedido, portanto, é
de uma “renovada acção das Nações Unidas” para “promover e preservar a
paz”.
O cardeal manifestou desilusão com o fato de a comunidade
internacional ter se pronunciado de maneiras contraditórias ou ficado em
silêncio diante dos conflitos na Síria, no Oriente Médio em geral e na
Ucrânia. Parolín pediu “unidade de ação para o bem comum, evitando o
fogo cruzado dos vetos”.
Além disso, o secretário de Estado do Vaticano solicitou que os
países protejam os mais frágeis “com espírito de solidariedade”,
enfrentando “crimes odiosos como o genocídio, a limpeza étnica e a
perseguição de fundo religioso”.
“Os jovens que vão para o exterior a fim de se unir às organizações
terroristas procedem com frequência de famílias de emigrantes pobres,
decepcionados com o que percebem como uma situação de exclusão e de
falta de valores em algumas sociedades opulentas. Junto com as
ferramentas legais e com os recursos para impedir que os cidadãos se
tornem combatentes terroristas estrangeiros, os governos devem se
comprometer com a sociedade civil para enfrentar os problemas das
comunidades com maior risco de recrutamento e de radicalização e
conseguir a sua integração social serena e satisfatória”.
“Aqui, hoje, não posso deixar de mencionar que muitos cristãos e
minorias étnicas sofreram nos últimos meses, na Síria e no Iraque,
atrozes perseguições e sofrimentos. Seu sangue nos pede a todos um
empenho constante para respeitar e promover a dignidade de cada pessoa
individualmente, como querida e criada por Deus”.
Parolín encerrou seu discurso destacando a importância de se abordar
este grave problema com uma “política de amplas perspectivas, que não
imponha rigidamente modelos políticos que a priori menosprezam a
sensibilidade de alguns povos”.
(01 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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