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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Santa Teresinha do Menino Jesus

"Teresa de Lisieux, sem ter saído de seu Carmelo, viveu, à sua maneira, um autêntico espírito missionário


Horizonte, 01 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


"Sempre desejei ser uma santa. O bom Deus não inspira desejos irrealizáveis, eu posso, portanto, aspirar à santidade apesar de minha pequenez”, escrevia em seus manuscritos a jovem Teresinha que nasceu na cidade de Alençon na França no dia 02 de Janeiro de 1873. Foi baptizada com o nome de Maria Francisca Martin. Seus pais eram Marie-Azélie Guérin e Louis Martin. Seus quatro irmãos faleceram vitimados pela enterite, enfermidade que Teresinha também contraiu, mas que teve a graça de recuperar-se.

Seus pais sempre foram muito piedosos e desde cedo a jovem recebeu esmerada formação, podendo vivenciar os mistérios da fé e da caridade através da santa missa diária, da visita aos pobres e enfermos, jejuns e orações. Teresinha perdeu sua mãe em 1877, vítima de câncer. Seu pai mudou-se então para Lisieux e Teresinha adoptou sua irmã Pauline como mãe.

Entrou para a escola das freiras beneditinas de Notre Dame du Pré, em Lisieux. Alguns anos depois Pauline entrou para o Carmelo e Teresinha ficou abalada e foi acometida de tremores nervosos. Curada no Natal de 1886 - o que ficou conhecido em sua história como “conversão completa” - decidiu também entrar para o Carmelo, mas sua idade não permitia. Sua perseverança e ousadia levaram-na a conseguir a permissão do Papa Leão XIII e ingressou no dia 9 de Abril de 1888.

Recebeu o hábito em 10 de Janeiro de 1889 e adoptou o nome de Teresinha do Menino Jesus. Seu pai faleceu no ano de 1894 e Teresinha continuou a dar passos concretos em sua “pequena via” de santidade, o amor. Como ela mesma narra: “Ó Jesus, meu Amor! Encontrei finalmente a minha vocação: a minha vocação é o Amor... Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e esse lugar, ó meu Deus, fostes Vós que me destes”. Fiel e fervorosa ao chamado de Deus a ser missionária, ainda que no interior de sua clausura, e apesar de se colocar a disposição para sair em missão, sua frágil saúde não a permitia. Papa Bento XVI recordou que "Teresa de Lisieux, sem ter saído de seu Carmelo, viveu, à sua maneira, um autêntico espírito missionário”.

Acometida de tuberculose, Teresinha faleceu no dia 01 de Outubro de 1897. Foi beatificada em 29 de Abril de 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI. O Papa João Paulo II a proclamou doutora da Igreja em 1997. É celebrada como Padroeira das Missões.

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