"Teresa de Lisieux, sem ter saído de seu Carmelo, viveu, à sua maneira, um autêntico espírito missionário
Horizonte, 01 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
"Sempre desejei ser uma santa. O bom Deus não inspira
desejos irrealizáveis, eu posso, portanto, aspirar à santidade apesar de
minha pequenez”, escrevia em seus manuscritos a jovem Teresinha que
nasceu na cidade de Alençon na França no dia 02 de Janeiro de 1873. Foi baptizada com o nome de Maria Francisca Martin. Seus pais eram
Marie-Azélie Guérin e Louis Martin. Seus quatro irmãos faleceram
vitimados pela enterite, enfermidade que Teresinha também contraiu, mas
que teve a graça de recuperar-se.
Seus pais sempre foram muito piedosos e desde cedo a jovem recebeu
esmerada formação, podendo vivenciar os mistérios da fé e da caridade
através da santa missa diária, da visita aos pobres e enfermos, jejuns e
orações. Teresinha perdeu sua mãe em 1877, vítima de câncer. Seu pai
mudou-se então para Lisieux e Teresinha adoptou sua irmã Pauline como
mãe.
Entrou para a escola das freiras beneditinas de Notre Dame du Pré, em
Lisieux. Alguns anos depois Pauline entrou para o Carmelo e Teresinha
ficou abalada e foi acometida de tremores nervosos. Curada no Natal de
1886 - o que ficou conhecido em sua história como “conversão completa” -
decidiu também entrar para o Carmelo, mas sua idade não permitia. Sua
perseverança e ousadia levaram-na a conseguir a permissão do Papa Leão
XIII e ingressou no dia 9 de Abril de 1888.
Recebeu o hábito em 10 de Janeiro de 1889 e adoptou o nome de
Teresinha do Menino Jesus. Seu pai faleceu no ano de 1894 e Teresinha
continuou a dar passos concretos em sua “pequena via” de santidade, o
amor. Como ela mesma narra: “Ó Jesus, meu Amor! Encontrei finalmente a
minha vocação: a minha vocação é o Amor... Sim, encontrei o meu lugar na
Igreja, e esse lugar, ó meu Deus, fostes Vós que me destes”. Fiel e
fervorosa ao chamado de Deus a ser missionária, ainda que no interior de
sua clausura, e apesar de se colocar a disposição para sair em missão,
sua frágil saúde não a permitia. Papa Bento XVI recordou que "Teresa de
Lisieux, sem ter saído de seu Carmelo, viveu, à sua maneira, um
autêntico espírito missionário”.
Acometida de tuberculose, Teresinha faleceu no dia 01 de Outubro de
1897. Foi beatificada em 29 de Abril de 1923 e canonizada em 17 de maio
de 1925 pelo Papa Pio XI. O Papa João Paulo II a proclamou doutora da
Igreja em 1997. É celebrada como Padroeira das Missões.
(01 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário