Que nada, tanto das coisas visíveis quanto das invisíveis, segure o meu espírito, a fim de que eu possa alcançar a Jesus Cristo, rezava Santo Inácio
Horizonte, 17 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Permiti-me ser pasto das feras, pelas quais me será
possível alcançar Deus, sou trigo de Deus e quero ser moído pelos dentes
dos leões, a fim de ser apresentado como pão puro a Cristo” bradava
Inácio de Antioquia em seu martírio. Inácio nasceu provavelmente entre o
ano 30 ou 35. Os factos históricos da vida de Inácio são conhecidos
apenas pelos seus escritos e pelo historiador Eusébio de Cesaréia.
Inácio foi o segundo Bispo de Antioquia. A cidade de Antioquia era
uma das principais e mais populosas cidades de Roma. De acordo com os
Actos dos Apóstolos, Antioquia foi o lugar onde "os discípulos foram
chamados cristãos". Inácio exerceu seu bispado de forma tão fecunda que
foi considerado um dos mais prestigiados do cristianismo. Ficou
conhecido pela comunidade cristã como o “Portador de Deus”. Era uma
época de duras perseguições aos primeiros cristãos e Inácio foi preso
por ordem do Imperador Trajano e condenado a ser martirizado pelos Leões
no Coliseu de Roma. Seria para os seus perseguidores um grande exemplo
para que o cristianismo fosse suprimido. Mas como disse Tertuliano: “O
sangue dos mártires é a semente dos cristãos".
Ao iniciar sua viajem para Roma, Inácio teve a oportunidade de passar
pelas cidades de Esmirna, onde teve contacto com o Bispo Policarpo,
seguindo depois para Éfeso, Trales e Magnésia. Sua passagem gerou muitos
frutos de conversão, pois baptizava, aconselhava e reconduzia a vivência
cristã. Escreveu diversas cartas às comunidades nas quais passou.
Reflectia-se na prática suas palavras: "Onde estiver o bispo, ali estarão
também as multidões, da mesma forma que onde estiver Jesus Cristo, ali
estará a Igreja Católica". Após passar por Durazo e Bríndisi, percorreu a
Via Ápia chegando ao Coliseu onde foi entregue às feras.
Segundo Eusébio de Cesaréia, Inácio foi martirizado por volta do ano
décimo do reinado de Trajano, mais precisamente no dia 20 de Dezembro de
107. Sua memória litúrgica é dia 17 de Outubro.
(17 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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