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sábado, 18 de outubro de 2014

Santo Inácio de Antioquia

Que nada, tanto das coisas visíveis quanto das invisíveis, segure o meu espírito, a fim de que eu possa alcançar a Jesus Cristo, rezava Santo Inácio


Horizonte, 17 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Permiti-me ser pasto das feras, pelas quais me será possível alcançar Deus, sou trigo de Deus e quero ser moído pelos dentes dos leões, a fim de ser apresentado como pão puro a Cristo” bradava Inácio de Antioquia em seu martírio. Inácio nasceu provavelmente entre o ano 30 ou 35. Os factos históricos da vida de Inácio são conhecidos apenas pelos seus escritos e pelo historiador Eusébio de Cesaréia.

Inácio foi o segundo Bispo de Antioquia. A cidade de Antioquia era uma das principais e mais populosas cidades de Roma. De acordo com os Actos dos Apóstolos, Antioquia foi o lugar onde "os discípulos foram chamados cristãos". Inácio exerceu seu bispado de forma tão fecunda que foi considerado um dos mais prestigiados do cristianismo. Ficou conhecido pela comunidade cristã como o “Portador de Deus”. Era uma época de duras perseguições aos primeiros cristãos e Inácio foi preso por ordem do Imperador Trajano e condenado a ser martirizado pelos Leões no Coliseu de Roma. Seria para os seus perseguidores um grande exemplo para que o cristianismo fosse suprimido. Mas como disse Tertuliano: “O sangue dos mártires é a semente dos cristãos".

Ao iniciar sua viajem para Roma, Inácio teve a oportunidade de passar pelas cidades de Esmirna, onde teve contacto com o Bispo Policarpo, seguindo depois para Éfeso, Trales e Magnésia. Sua passagem gerou muitos frutos de conversão, pois baptizava, aconselhava e reconduzia a vivência cristã. Escreveu diversas cartas às comunidades nas quais passou. Reflectia-se na prática suas palavras: "Onde estiver o bispo, ali estarão também as multidões, da mesma forma que onde estiver Jesus Cristo, ali estará a Igreja Católica". Após passar por Durazo e Bríndisi, percorreu a Via Ápia chegando ao Coliseu onde foi entregue às feras.

Segundo Eusébio de Cesaréia, Inácio foi martirizado por volta do ano décimo do reinado de Trajano, mais precisamente no dia 20 de Dezembro de 107. Sua memória litúrgica é dia 17 de Outubro.

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