O testemunho dos atletas com limitações físicas é um sinal de esperança e demonstra que em cada pessoa há potenciais que às vezes não imaginamos
Cidade do Vaticano, 06 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
O papa Francisco recebeu neste sábado, em audiência no
Vaticano, vários milhares de atletas com habilidades especiais, membros
do Comité Italiano Para-olímpico. Na Sala Paulo VI, Francisco os saudou,
lhes dedicou algumas palavras e depois se aproximou, caminhando no meio
deles, cumprimentando-os e abençoando-os. Muitos dos convidados estavam
em cadeiras de rodas.
“Agradeço a vocês por esta presença, numerosa e festiva, assim como
ao presidente do Comité Italiano Para-olímpico, pelas suas corteses
palavras”, disse o papa, recordando que “cada um de vocês traz consigo a
sua própria experiência de desportista, mas, antes de tudo, de homens e
mulheres que guardam as conquistas e as metas alcançadas com tanto
esforço junto com as dificuldades que tiveram que enfrentar”.
O Santo Padre considerou que, por isso, cada um dos atletas “é um
testemunho do quanto é importante viver essas alegrias e fadigas
permanecendo junto com os outros”, além de “compartilhar um itinerário
próprio, encontrar um grupo de amigos que dão a mão e a quem [eles
próprios possam] dar uma mão. E assim cada um dá o melhor de si mesmo”.
Francisco recordou também que “o desporto promove contactos e relações
com pessoas que procedem de culturas e ambientes diversos, nos acostuma a
viver acolhendo as diferenças, a fazer delas uma ocasião preciosa de
enriquecimento e descobrimento recíproco”. E, acima de tudo, “o desporto
se torna ocasião preciosa para reconhecer-nos como irmãos e irmãs que
estão 'a caminho', para favorecer a cultura da inclusão e rejeitar a
cultura do descarte”.
“Tudo isso fica ainda mais evidente na experiência de vocês”, disse o
pontífice, “porque as necessidades especiais que se experimentam em
alguma parte do físico, mediante a prática desportiva e a sadia
competição, se transformam numa mensagem de coragem para quem vive
situações análogas, além de um convite para o empenho e para a
realização, juntos, de coisas belas, superando as barreiras que podemos
encontrar ao redor de nós e, sobretudo, as que estão dentro de nós”.
“A sua esperança, queridos atletas, é um grande sinal de esperança.
Uma prova de que em cada pessoa existem potencialidades às vezes
inimagináveis e que podem se desenvolver com confiança e solidariedade”,
disse Francisco. E recordou a todos que Deus Pai é o primeiro que sabe
disso, que conhece perfeitamente os problemas e que “nos ama do jeito
que somos, fazendo-nos crescer para nos tornarmos o que podemos nos
tornar”.
O papa os exortou a perseverar no esforço por um desporto sem
barreiras, por um mundo sem excluídos, porque “vocês não nunca estão
sozinhos” e porque “Deus, nosso Pai, está com vocês”.
Francisco encerrou o encontro convidando os atletas a sentirem
“também, através da prática desportiva, a proximidade de Deus e a amizade
dos irmãos e irmãs”. O Santo Padre pediu ainda, como de costume, que os
atletas “por favor” se lembrassem de rezar por ele.
(06 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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