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terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Santo Padre recebe atletas para-olímpicos italianos no Vaticano

O testemunho dos atletas com limitações físicas é um sinal de esperança e demonstra que em cada pessoa há potenciais que às vezes não imaginamos


Cidade do Vaticano, 06 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


O papa Francisco recebeu neste sábado, em audiência no Vaticano, vários milhares de atletas com habilidades especiais, membros do Comité Italiano Para-olímpico. Na Sala Paulo VI, Francisco os saudou, lhes dedicou algumas palavras e depois se aproximou, caminhando no meio deles, cumprimentando-os e abençoando-os. Muitos dos convidados estavam em cadeiras de rodas.

“Agradeço a vocês por esta presença, numerosa e festiva, assim como ao presidente do Comité Italiano Para-olímpico, pelas suas corteses palavras”, disse o papa, recordando que “cada um de vocês traz consigo a sua própria experiência de desportista, mas, antes de tudo, de homens e mulheres que guardam as conquistas e as metas alcançadas com tanto esforço junto com as dificuldades que tiveram que enfrentar”.

O Santo Padre considerou que, por isso, cada um dos atletas “é um testemunho do quanto é importante viver essas alegrias e fadigas permanecendo junto com os outros”, além de “compartilhar um itinerário próprio, encontrar um grupo de amigos que dão a mão e a quem [eles próprios possam] dar uma mão. E assim cada um dá o melhor de si mesmo”.

Francisco recordou também que “o desporto promove contactos e relações com pessoas que procedem de culturas e ambientes diversos, nos acostuma a viver acolhendo as diferenças, a fazer delas uma ocasião preciosa de enriquecimento e descobrimento recíproco”. E, acima de tudo, “o desporto se torna ocasião preciosa para reconhecer-nos como irmãos e irmãs que estão 'a caminho', para favorecer a cultura da inclusão e rejeitar a cultura do descarte”.

“Tudo isso fica ainda mais evidente na experiência de vocês”, disse o pontífice, “porque as necessidades especiais que se experimentam em alguma parte do físico, mediante a prática desportiva e a sadia competição, se transformam numa mensagem de coragem para quem vive situações análogas, além de um convite para o empenho e para a realização, juntos, de coisas belas, superando as barreiras que podemos encontrar ao redor de nós e, sobretudo, as que estão dentro de nós”.

“A sua esperança, queridos atletas, é um grande sinal de esperança. Uma prova de que em cada pessoa existem potencialidades às vezes inimagináveis e que podem se desenvolver com confiança e solidariedade”, disse Francisco. E recordou a todos que Deus Pai é o primeiro que sabe disso, que conhece perfeitamente os problemas e que “nos ama do jeito que somos, fazendo-nos crescer para nos tornarmos o que podemos nos tornar”.

O papa os exortou a perseverar no esforço por um desporto sem barreiras, por um mundo sem excluídos, porque “vocês não nunca estão sozinhos” e porque “Deus, nosso Pai, está com vocês”.

Francisco encerrou o encontro convidando os atletas a sentirem “também, através da prática desportiva, a proximidade de Deus e a amizade dos irmãos e irmãs”. O Santo Padre pediu ainda, como de costume, que os atletas “por favor” se lembrassem de rezar por ele.

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