O Santo Padre envia uma carta em resposta a 500 testemunhos de prisioneiros norte-americanos
Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Francisco recebeu 500 cartas de jovens presos e condenados à
prisão perpétua nos Estados Unidos e enviou uma resposta em que garante
que se “comoveu profundamente” com as suas histórias e com o pedido de
revisão das suas sentenças à luz da justiça, a fim de terem a
possibilidade de mudança de vida e de reabilitação.
Em uma carta dirigida ao pe. Michael Kennedy, S.J., director da
Jesuit Restorative Justice Initiative, Francisco pede que o sacerdote
diga aos jovens que nosso Senhor conhece e ama cada um deles e que o
papa reza por eles com afecto. Francisco também pede que os jovens rezem
por ele, pelas necessidades do povo de Deus em todo o mundo e pela
difusão da mensagem evangélica da misericórdia, do perdão e da
reconciliação em Cristo.
O pe. Kennedy explica que a Califórnia, nos últimos anos, vem
tentando mudar a situação dos jovens que cometeram seus delitos quando
tinham de 14 a 17 anos de idade. Dois anos atrás, o Estado aprovou a lei
SB9, que dá aos jovens condenados algumas oportunidades de contacto com a
família. Desde então, a Califórnia é um dos Estados líderes na
aprovação de leis para ajudar os jovens que foram condenados à prisão
perpétua. Os Estados Unidos são o único país que aplica aos jovens a
pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
O líder da campanha nacional para mudar essa legislação, Jody Kent,
juntou 500 cartas dos jovens presos que receberam esta sentença. As
cartas foram enviadas ao papa Francisco "porque eles acreditam que este
líder mundial pode advogar por eles".
O papa respondeu às cartas "dando esperança aos que hoje não têm
esperança. A carta do papa é forte e clara", diz o pe. Kennedy, S.J.,
que prossegue, falando do Santo Padre: "Ele acha que os nossos jovens
merecem uma segunda chance. Cada preso que escreveu uma carta vai
receber uma cópia da carta do papa".
Em seu artigo, o padre Michael observa que o cérebro do jovem, em
geral, não está em seu estágio adulto de desenvolvimento quando eles
cometem os crimes que os levam para a cadeia. "Eles têm que ser julgados
em tribunais para menores e não nos tribunais de adultos. Acho bem
claro que o papa Francisco entende isso e fez dessa questão, da
juventude presa, uma preocupação pessoal".
O jesuíta se mostra muito agradecido com o compromisso do Santo
Padre. "A liderança dele deveria influenciar os nossos líderes políticos
a fazer as mudanças necessárias para que os jovens sejam tratados de
maneira diferente dos adultos. A carta do papa afirma que nós temos que
dar aos jovens que cometeram crimes uma segunda oportunidade".
(03 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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