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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Filipinas, o diálogo inter-religioso como um veículo para a paz

O congresso organizado pela Comunidade de Santo Egídio reúne todos os componentes da sociedade civil, líderes religiosos e instituições locais para implementar o tratado de paz assinado no dia 27 Março de 2014 em Manila.


Roma, 05 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Depois da histórica assinatura dos acordos de Manila do 27 de Março de 2014 começa em Cotabato, a capital da nova entidade independente do Bangsamoro, um grande encontro pela paz e a reconciliação organizado pela Comunidade Santo Egídio com o cardeal Orlando Quevedo, arcebispo de Cotabato, em colaboração com a associação islâmica indonesiana Muhammadiyah.

Dois dias intensos de debate, diálogo e discussão que vêem pela primeira vez envolvidas todas as componentes da sociedade civil na região do Bangsamoro e a participação de líderes religiosos, representantes da sociedade política local, membros do governo filipino, de organizações não-governamentais e dos movimentos de libertação para a implementação do tratado de paz.

O conflito por Mindanao estima-se que desde os anos 70 tenha causado cerca de 150.000 vítimas. O acordo de paz ("Comprehensive Agreement on Bangsamoro”) assinado em Manila, no dia 27 de Março, concluiu um longa negociação entre a MILF (Moro Islamic Liberation Front) e o governo filipino. O bom êxito da negociação foi facilitado pelo Grupo de Contacto do qual fizeram parte quatro organizações internacionais, incluindo a Comunidade de Santo Egídio, que tornaram-se intérpretes das razões da sociedade civil nas negociações.

O acordo de Março prevê que o parlamento do Bangsamoro seja composto por muçulmanos, cristãos, indígenas e personalidades independentes, significando que a região não é uma entidade autónoma do Islão, mas um lugar de convivência entre os diferentes grupos étnicos e religiosos.

Precisamente nesta perspectiva, a reunião de Cotabato, é um primeiro passo importante, para que o acordo assinado em Manila encontre concreta actuação com o envolvimento de todos os membros da sociedade civil, secular e religiosa da região para a implementação dos acordos e a extensão dos benefícios da paz para todos os grupos religiosos e sociais, para construir juntos um futuro de convivência pacífica. (Trad.TS)

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