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terça-feira, 9 de julho de 2013

O papa Francisco abraça a ilha de Lampedusa

Acompanhado por um cortejo de barcos de pesca, o pontífice lançou uma coroa de flores ao mar em memória dos muitos refugiados que perderam a vida tentando chegar à Itália


Roma, 08 de Julho de 2013


Poucos minutos depois das 9 horas da manhã desta segunda, 7 de Julho, o avião trazendo o papa Francisco pousou no aeroporto da ilha italiana de Lampedusa, onde o pontífice foi recebido por dom Francesco Montenegro, arcebispo de Agrigento, e pela prefeita Giuseppina Nicolini. Logo após chegar à localidade de Cala Pisana, o papa foi levado em um barco de patrulha da Guarda Costeira até o porto de Lampedusa, acompanhado por um cortejo de 120 barcos de pescadores.

Um momento já histórico desta primeira viagem apostólica do papa Bergoglio foi o lançamento da coroa de flores ao mar em memória dos que perderam a vida nas águas ao tentar escapar do sofrimento em seus países natais.

Pelas estradas da ilha, enquanto isso, tremulavam as muitas bandeiras amarelas e brancas e os cartazes que testemunhavam a hospitalidade dos moradores de Lampedusa: Papa Francisco, nós te amamos! Bem-vindo, Santo Padre! Papa Francisco, peregrino do mar!

No cais Favarolo, um grupo de cinquenta refugiados cantava cânticos marianos para homenagear Francisco, que cumprimentou pessoalmente cada um dos imigrantes, como é típico do seu estilo, apertando as suas mãos e lhes agradecendo pela acolhida.

O papa se dirigiu em seguida ao campo desportivo "Arena", da localidade de Salina, onde celebrou a missa para cerca de dezasseis mil pessoas.

Quando o papa chegou ao local, os muitos fiéis cercaram o carro para saudar o Sucessor de Pedro e conseguir uma carícia ou uma bênção dele. O cálice e o âmbão usados na missa foram feitos com a madeira dos "barcos da esperança", a bordo dos quais os imigrantes chegaram até a ilha. Seus destroços ficam na lateral da "Arena", claramente visíveis ao papa. A cor dos paramentos escolhidos para a missa foi o roxo, como sinal do carácter penitencial da celebração.

Depois da missa, o Santo Padre saudou, na sacristia, alguns fiéis e organizadores da visita. A seguir, encontrou-se com cinquenta imigrantes, muitos deles muçulmanos, alojados no centro de acolhimento local.

No final da manhã, visitou a paróquia de São Gerlando, onde cumprimentou alguns sacerdotes do arcebispado e familiares do pároco e do vice-pároco de Lampedusa. Finalmente, às 2 horas da tarde, retornou a Roma.



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