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sábado, 6 de julho de 2013

O lobby gay quer redefinir o matrimonio de todos, mas não casar-se eles: as cifras são claras

Estudo europeu do Instituto para o Casamento

Na Holanda, em 10 anos de matrimónio gay, só um de cada dez se casou. Enquanto 8 de cada 10 pares heterossexuais se casa, só o fazem 2 de cada 10 pares unisex.

Actualizado 16 de Junho de 2013

Roberto Volpi / Il Foglio / ReL


Casar-se só interessa a um de cada dez homossexuais: esta é a conclusão a que chega um estudo realizado por William C. Duncan, do Institute for Marriage and Public Policy (Instituto para o Matrimónio e Política Pública) levado a cabo dez anos depois da introdução do matrimónio do mesmo sexo na Holanda em 2001.

O citado estudo dá conta (apresentando também a opinião de Vera Bergkamp, cabeça de uma organização holandesa de direitos dos homossexuais) da falta de entusiasmo com o matrimónio do mesmo sexo que existe na Holanda, o primeiro país do mundo a reconhecer o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo.

E este é precisamente o quid da questão. O matrimónio entre pessoas do mesmo sexo, quantitativamente falando, está defraudando as expectativas. Não teve um grande êxito na Holanda.

O caso de Espanha
Tampouco em Espanha, onde em Setembro de 2004, em plena campanha para aprovar a nova definição de matrimónio, o diário pró-socialista El Periódico de Catalunya titulava a capa completa: "100.000 pares gays se casarão com a nova lei nos próximos 3 anos". Em 8 anos, apenas se chegou a 25.000 bodas unisex.

A realidade é que em Espanha, depois do pico de mais de 4.000 em 2006, o primeiro ano depois da aprovação em 2005, o número de matrimónios entre pessoas do mesmo sexo caiu até os 3.000 anuais e não superou nunca os 3.500 anuais: cifras claramente inferiores inclusive com respeito às previsões mais conservadoras.

Inglaterra, o mesmo
Igual tendência em Inglaterra: o auge no primeiro ano (também ali em 2006) depois da aprovação das uniões do mesmo sexo em pactos de convivência com quase os mesmos direitos que o matrimónio; e logo, uma diminuição gradual e um assentamento que levou o matrimónio homossexual a representar pouco mais de 2% do total de matrimónios ao ano.

Ao redor desta proporção de 2% - e inclusive menos – assentam-se também os demais países europeus nos quais já se introduziu.

Falta de entusiasmo
“Lack of nuptial enthusiasm among gay couplet” (a falta de entusiasmo com respeito ao matrimónio entre os pares homossexuais), segundo a definição de Vera Bergkamp, que tenta dar-lhe uma explicação.

De facto, tenta dar-lhe três:

1. Menos pressão exercida sobre os homossexuais por parte dos familiares e amigos;
2. Menos pares homossexuais que se casam por ter filhos dos pares heterossexuais correspondentes;
3. Mais individualismo e menos orientação à família entre muitos homossexuais.

Eles admitem as razões óbvias
Em conclusão: no momento da dramática queda do matrimónio heterossexual, os homossexuais, depois do orgulho, a luta, a alegria pela vitória do reconhecimento do “direito a casar-se”, casam-se muito menos que os heterossexuais, que também se casam cada vez menos.

E tudo isto por razões mais que óbvias que eles mesmos explicam: sentem menos o desejo de ter filhos e estão mentalmente menos orientados para o matrimónio de quanto o estão os heterossexuais.

Dito em termos enérgicos: perfila-se, dentro do “Inverno” do matrimónio, o fracasso do matrimónio homossexual. Se é que este fracasso não se está já vendo nos factos. Dizem-no os números, como sempre.

Ser par sem casar-se
Voltando à Holanda: depois de dez anos de decadência, desde o reconhecimento dos matrimónios entre pessoas do mesmo sexo, somente um par homossexual de cada cinco se casou. Nada que ver com o dado análogo dos pares heterossexuais que se casam na proporção de oito de cada dez.

“Conquistas civis”?
Os triunfos do matrimónio gay, portanto, aparecem sobretudo nos meios de comunicação e nas estimativas numéricas. É um caso significativamente diferente com respeito a outras “conquistas civis”.

A introdução do divórcio em Itália e da interrupção voluntária da gravidez, por exemplo, deixando a um lado os juízos de valor, foram mudanças legislativas que trouxeram consigo uma adesão altíssima durante anos.

É um fenómeno que a estatística social conhece bem: quando se reconhece um novo direito no horizonte legislativo, a sua utilização é rapidamente impetuosa, já que há uma situação anterior que remediar. Depois o fenómeno tende a estabilizar-se o inclusive a crescer.

Início modesto, declive forte
Mas o caso do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo não conheceu sequer a autêntica “explosão” inicial, salvo em termos muito suaves, para começar de imediato a declinar e a mostrar uma tendência à estabilização em torno do umbral mínimo de importância em todos os países europeus nos quais está permitido.

Dito comportamento põe em evidência a artificialidade e invenção política que existe por detrás do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo. São os comportamentos reais os que revelam esta verdade. As suas próprias atitudes concretas.
O estudo pode consultar-se aqui.


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