Louis Sako, de 63 anos |
Bento XVI terá que conceder a comunhão eclesiástica
Redacção, 01 de Fevereiro de 2013 às 17:46
Louis Sako, de 63 anos, até agora arcebispo de Kirkuk (Iraque) foi nomeado novo Patriarca da Igreja Caldeia, no sínodo que esta igreja de rito oriental em comunhão com a Santa Sé celebrou em Roma, informou hoje a agência SIR, da igreja italiana.
Sako substitui no cargo o cardeal Emmanuel III Delly, de 85 anos, que renunciou ao cargo no passado 19 de Dezembro, renúncia que foi aceite por Bento XVI.
Os quinze bispos do Sínodo da Igreja Caldeia encontravam-se reunidos desde a segunda-feira 28 de Janeiro na casa de exercícios espirituais de São João e São Paulo, na colina romana do Céu, presidido pelo cardeal prefeito para as Igrejas Orientais, Leonardo Sandri.
Durante o Sínodo, os prelados - sete do Iraque, dois do Irão, dois dos EUA e um da Síria, Líbano, Canadá e Austrália - analisaram também a situação desta igreja, com sede no Iraque, e os problemas que tem que enfrentar os seus fiéis tanto nesse país como os que se encontram na diáspora.
Depois da eleição, o papa Bento XVI terá que conceder a comunhão eclesiástica, quer dizer, referenda-la, dar o visto bom. A norma da Igreja prevê que os patriarcas orientais que reconhecem a Igreja de Roma pedem a comunhão eclesiástica ao papa quando são nomeados.
O novo patriarca caldeio nasceu num povoado próximo a Zakho, no norte do Iraque, em 4 de Julho de 1949. Estudou no seminário dominicano de Mosul e foi ordenado sacerdote em 1 de Junho de 1974.
Transferido para Roma, doutorou-se em Estudos Cristãos Orientais no Pontifício Instituto Oriental da capital italiana e licenciou em Estudos Islâmicos no Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (PISAI), de Roma. É também doutor em História pela Universidade de La Sorbona de Paris.
Desde 1986 a 1997 prestou serviços em Mosul e em 2001 foi nomeado reitor do seminário maior de Bagdad. Em 14 de Novembro de 2003 foi nomeado arcebispo de Kirkuk.
É conselheiro do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, publicou 21 livros e mais de 200 artigos.
Fala árabe, sureth (língua mãe), italiano, francês, inglês e alemão, e estudou latim, grego e hebreu. A Igreja caldeia a constituem a maioria dos cristãos iraquianos e são quase 600.000.
A sede do Patriarcado está em Bagdad, onde vive a comunidade mais numerosa destes católicos de rito oriental, uns 350.000. Os caldeios celebram todavia os seus ritos em arameu.
A Igreja Caldeia dedica-se sobretudo à educação e assistência das numerosas famílias pobres, cristãs e muçulmanas que há no Iraque. Em todo o mundo há um milhão de caldeus.
Bento XVI expressou em numerosas ocasiões a sua preocupação pela situação em que vivem os cristãos iraquianos, cujas raízes são muito antigas, até ao ponto de que se definem como "filhos de São Tomás". No total são uns 800.000, quase três por cento da população iraquiana.
A maioria, 70 %, são católicos e o resto ortodoxos. Também estão os membros da Igreja assíria do Oriente, igreja autónoma que não está em comunhão com Roma, mas tampouco com as igrejas ortodoxas; alguns protestantes e os nestorianos.
Os católicos repartem-se entre a igreja caldeia, maioritária, os de rito latino, os arménios e os sírio-católicos. Los ortodoxos são sírio-ortodoxos e arménios apostólicos.
Redacção, 01 de Fevereiro de 2013 às 17:46
Louis Sako, de 63 anos, até agora arcebispo de Kirkuk (Iraque) foi nomeado novo Patriarca da Igreja Caldeia, no sínodo que esta igreja de rito oriental em comunhão com a Santa Sé celebrou em Roma, informou hoje a agência SIR, da igreja italiana.
Sako substitui no cargo o cardeal Emmanuel III Delly, de 85 anos, que renunciou ao cargo no passado 19 de Dezembro, renúncia que foi aceite por Bento XVI.
Os quinze bispos do Sínodo da Igreja Caldeia encontravam-se reunidos desde a segunda-feira 28 de Janeiro na casa de exercícios espirituais de São João e São Paulo, na colina romana do Céu, presidido pelo cardeal prefeito para as Igrejas Orientais, Leonardo Sandri.
Durante o Sínodo, os prelados - sete do Iraque, dois do Irão, dois dos EUA e um da Síria, Líbano, Canadá e Austrália - analisaram também a situação desta igreja, com sede no Iraque, e os problemas que tem que enfrentar os seus fiéis tanto nesse país como os que se encontram na diáspora.
Depois da eleição, o papa Bento XVI terá que conceder a comunhão eclesiástica, quer dizer, referenda-la, dar o visto bom. A norma da Igreja prevê que os patriarcas orientais que reconhecem a Igreja de Roma pedem a comunhão eclesiástica ao papa quando são nomeados.
O novo patriarca caldeio nasceu num povoado próximo a Zakho, no norte do Iraque, em 4 de Julho de 1949. Estudou no seminário dominicano de Mosul e foi ordenado sacerdote em 1 de Junho de 1974.
Transferido para Roma, doutorou-se em Estudos Cristãos Orientais no Pontifício Instituto Oriental da capital italiana e licenciou em Estudos Islâmicos no Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (PISAI), de Roma. É também doutor em História pela Universidade de La Sorbona de Paris.
Desde 1986 a 1997 prestou serviços em Mosul e em 2001 foi nomeado reitor do seminário maior de Bagdad. Em 14 de Novembro de 2003 foi nomeado arcebispo de Kirkuk.
É conselheiro do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, publicou 21 livros e mais de 200 artigos.
Fala árabe, sureth (língua mãe), italiano, francês, inglês e alemão, e estudou latim, grego e hebreu. A Igreja caldeia a constituem a maioria dos cristãos iraquianos e são quase 600.000.
A sede do Patriarcado está em Bagdad, onde vive a comunidade mais numerosa destes católicos de rito oriental, uns 350.000. Os caldeios celebram todavia os seus ritos em arameu.
A Igreja Caldeia dedica-se sobretudo à educação e assistência das numerosas famílias pobres, cristãs e muçulmanas que há no Iraque. Em todo o mundo há um milhão de caldeus.
Bento XVI expressou em numerosas ocasiões a sua preocupação pela situação em que vivem os cristãos iraquianos, cujas raízes são muito antigas, até ao ponto de que se definem como "filhos de São Tomás". No total são uns 800.000, quase três por cento da população iraquiana.
A maioria, 70 %, são católicos e o resto ortodoxos. Também estão os membros da Igreja assíria do Oriente, igreja autónoma que não está em comunhão com Roma, mas tampouco com as igrejas ortodoxas; alguns protestantes e os nestorianos.
Os católicos repartem-se entre a igreja caldeia, maioritária, os de rito latino, os arménios e os sírio-católicos. Los ortodoxos são sírio-ortodoxos e arménios apostólicos.
(Rd/Agencias)
in
Sem comentários:
Enviar um comentário