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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A fé e a vida humana nos âmbitos médico, social e assistencial

Assembleia Geral da Pontifícia Academia pela Vida: ciência e fé podem se harmonizar


Roma,


De 21 a 23 de Fevereiro, a XIX Assembleia Geral da Academia Pontifícia pela Vida, em Roma, debateu o tema "Fé e vida humana". O encontro foi aberto ao público na sexta-feira de manhã.

A sessão inicial ficou a cargo do cardeal Willem Eijk, membro do conselho directivo da Academia Pontifícia para a Vida, e de Gianluigi Gigli, professor de neurologia da Universidade de Udine, Itália.

Por sua vez, dom Gerhard Ludwig Mueller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, abordou "A vida humana no pensamento de Bento XVI".

A iniciativa faz parte do Ano da Fé e tem como objectivo ressaltar os fundamentos doutrinais que compõem a base do conceito cristão da vida humana. Não faltaram as reflexões sobre a mensagem cristã a respeito da vida humana e de como ela é vivida e proposta em nossa época nos âmbitos médico, social e assistencial.  

No sábado de manhã, dom Ignacio Carrasco de Paula, presidente da Pontifícia Academia pela Vida, tratou da "Sacralidade da pessoa como garantia suprema do estatuto ético do ser humano". Em entrevista à Radio Vaticano, dom Ignacio afirmou que a sua palestra "tinha a intenção de reiterar um conceito: um conceito que já foi um grande ponto de referência e que, nos últimos tempos, vem sendo um pouco esquecido por muitas razões. Bento XVI, em seu magistério, insistiu muito no problema de uma sociedade que está excluindo a Deus".

“Há uma rebelião?”, perguntou-se o presidente da Pontifícia Academia pela Vida. “Sim, parece que existe uma rebelião, mas também existem muitos outros elementos. Eu diria que é necessário não confundir as coisas: uma questão é o fenómeno controlado por alguns, como é o caso dos meios de comunicação, e outra questão é o mundo real. Eles nem sempre coincidem. Eu, por exemplo, gosto de montanhas, e quando passeio, olho para os topos nevados e vejo como o sagrado está mais que presente também nessas coisas".

"Num contexto de reflexão de especialistas em bioética, eu acredito que seria importante recordar a dignidade humana e mantê-la, mas é preciso lembrar também que o ser humano tem algo que vai além disso".

De Paula observa ainda que ciência e fé caminham juntas. "Com muita frequência, quem não está de acordo são os cientistas e os crentes, não a ciência e a fé. Eu creio que na fé e na ciência não existe nenhum ponto ou contradição que não possa ser superado".


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