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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Rei da Jordânia: "os cristãos são parte integrante de nossa história”

Monarca condena aqueles que usam o Islão para justificar a violência


O rei Abdullah II da Jordânia em seu discurso transmitido dia 22 de Dezembro pela televisão nacional, disse que os cristãos árabes "são parte integrante de nosso passado, de nosso presente e de nosso futuro" e desde o início "foram parceiros essenciais para nossa cultura, para a construção de nossa civilização e pela defesa do islão”.

O rei se pronunciou por ocasião da festa islâmica do nascimento do profeta Mohammed, celebrada dia 23 de Dezembro e da solenidade cristã do Natal de Jesus, relatou a agência Fides.

Às vésperas da festividade islâmica e da cristã, Abdulá quis reiterar que “o Islão é uma religião de misericórdia” e que os cristãos e muçulmanos são unidos por vários “valores comuns”, totalmente opostos às práticas daqueles que ele definiu como “fora da lei islâmica”.

O rei jordano destacou o valor simbólico da proximidade entre as duas comemorações, em um tempo em que muitos países “sofrem pelo extremismo e a violência”, alimentados por quem trai “os verdadeiros princípios do islão e do cristianismo”.

Neste contexto, o monarca reafirmou que todos os jordanos “vivem sob a protecção de uma mesma cidadania” e que os cristãos árabes contribuíram de modo essencial na construção da civilização árabe-islâmica desde os tempos da batalha de Mu'tah (quando Mohammad havia ordenado às forças islâmicas em luta contra o exército bizantino que não ferisse os cristãos da Síria).

A festa Islâmica do Mawlid al-Nabi, natividade do Profeta Mohammad Natividade, que depende do calendário lunar, celebra-se também no dia 23 de Dezembro, em 2015. Uma proximidade assim entre a festividade islâmica e o Natal cristão não se verificava há 457 anos.


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