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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

China: Fim da política do filho único

Aprovado pela Assembleia Nacional Popular. A principal razão é o envelhecimento da população e o consequente dano económico


Termina a política do filho único na China comunista. Após debates e discussões entre os membros do Partido Comunista, no domingo, a Assembleia Nacional finalmente aprovou a reforma da Lei sobre População e Planeamento Familiar de 1979, permitindo agora que as famílias tenham até dois filhos.

A nova lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 2016 e substituirá a que foi adoptada durante a presidência de Deng Xiao Ping para controlar a demografia do país que era então o mais populoso do mundo. As únicas excepções eram para as minorias étnicas e as famílias rurais caso o primogénito fosse do sexo feminino.

As multas para as famílias com crianças "clandestinas" eram insustentáveis para a maioria dos chineses. As terríveis alternativas eram os abortos forçados, a privação do acesso a educação ou a saúde para o "segundo" ou "terceiro" filho. Os pais que não cumpriam a determinação eram levados para a prisão não oficial.

A norma de 1979 foi adoptada como um compromisso do regime pós maoísta com o lobby internacional de controle demográfico. A abertura para o Ocidente e como consequência o desenvolvimento económico foi condicionado à redução dos nascimentos.

O novo compromisso, agora a favor do nascimento, foi determinado pelos protestos da população rural e dos activistas de direitos humanos, mas principalmente por razões pragmáticas: a população envelhece e isso é prejudicial para o desenvolvimento económico do país.


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