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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Segredos do meu presépio

Como o Tempo de Natal só termina a 10 de janeiro, no dia do Batismo do Senhor, o presépio continua atual e ‘vivo’ para a contemplação e diálogo… na nossa casa.
 
Aqui vai um exemplo:
 
Olho para Ti, Deus-Menino, para a Tua e nossa Família Sagrada, para o contexto do meu presépio, bem pessoal, familiar e… vejo também a minha vida, a tentar melhorar…
 
Quantas vezes, meu Rei, eu sou aquela pastorinha dorminhoca, no sofá, na televisão, no fb, a perder tempo!
 
Outras vezes também  eu Te levo um cordeirinho branco e lindo, da pura alegria de uma oração confiante, do puro amor de um pequeno sacrifício, serviço!...
 
Outras vezes ainda, sou como aqueles dois gémeos a tocar gaita-de-foles, cheia de força e cor, sim, mas com tantas desafinações e estouvamentos - por preguiça de pensar, de estudar - que até Te acordo… e não queria, perdoa!
 
Mas sou também, isso sim, como aquele burrinho e a vaquinha que estão ali, junto de Ti, serenamente, a descansar conTigo, o Deus connosco! Obrigada! Quero estar conTigo sempre, não só agora, nesta Tua e nossa época de Festa, ajuda-me a concretizar esta companhia!
 
Também quero ser como os três sábios do mundo pagão, que Te procuram – como nós, tantas vezes, onde não Te podemos encontrar… –, que vão a caminho por desertos e tempestades… Sem desistir. No bom caminho da Tua única Igreja e nossa Mãe na Terra, onde nos disponibilizas todos os tesouros que são meios para a minha salvação, para o Céu que, com a Tua Misericórdia e a minha pobre luta, quero conquistar, quando Tu bem entenderes.
 
Como ‘os 3 Reis Magos’ que, pela Tua estrela, mudaram de rumo. Que eu o faça, no início deste jubileu, com o Sacramento da Confissão – conversão, alegria - confessando com sincero arrependimento os meus pecados concretos, como o Papa Francisco nos aconselha, de tantas formas brilhantes, inspiradas! Obrigada pelos 7 Sacramentos, pelas 7 Obras de Misericórdia espirituais e pelas 7 materiais! Ajuda-me a vivê-las habitualmente. Como Tu sonhaste e sonhas no Teu projeto para mim…
 
E então, no verde musgo da esperança, da fidelidade, quero, queremos todos ter  Paz, ser como a Tua Sagrada Família, Jesus, Maria e José, tao generosos a mais não poder, com um Amor autêntico – abnegado e feliz porque incondicional –, como os Anjos que cantam, os Pastores que correm monte acima ou abaixo, os Reis que se ajoelham e Te dão os seus tesouros, enfim, como todos os milhões de homens e mulheres que lutaram e lutam por ser santos e alcançar a Meta, o Teu Abraço sem fim, sempre conTigo, aqui e no Paraíso…
 
Também eu Te trago aqui os meus pequenos tesouros, Menino lindo, que são nada ao pé dos que Tu me dás, mas que ponho aqui, aos teus pezinhos queridos de bebé!
 
E só para rematar, Espírito Santo, que aqui estás também, com o Pai, dá-me ainda o bom humor sugerido na cena do meu presépio: muito perto dos dois pastores a tocar alto e bom som (nada menos que gaita de foles), dorme tranquilo e bem aninhado um pastorinho ‘de sono profundo’, que não acordou com os Anjos a cantarem, nem com os colegas a tocar quase em cima da sua cabeça! Como eu, como nós, que às vezes teimamos em não Te ouvir, em querer ser ‘órfãos’ sem o sermos, porque temos a sorte de conhecer o Criador que é e será sempre Pai de cada um de nós.
 
Quero ser simples, quero lutar por amar mais e melhor, quero servir e agradecer, com a abertura e a alegria desta Tua Festa e desta gente amiga, aqui, junto de nós!
 






M. Albuquerque
Tradutora





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