Considerado um dos santos mais representativos e queridos da
heróica Polónia, é chamado, pelo povo, de a “glória da nação polaca” e
o “pai da pátria”
Considerado um dos santos mais representativos e
queridos da heróica Polónia, são João Câncio é chamado, pelo povo, de a
“glória da nação polaca” e o “pai da pátria”. Isso num país que sempre
teve orgulho de sua fé no cristianismo e da fidelidade à cátedra de
Pedro.
João Câncio nasceu no povoado de Kenty, e viveu sempre em sua
cidade, Cracóvia. Lá, conquistou todos os graus académicos e leccionou em
sua principal universidade até morrer. A grande preocupação de seu
magistério era transmitir aos alunos os conhecimentos “não à luz de uma
ciência fria e anónima, mas como irradiação da ciência suprema que tem
sua fonte em Deus”.
Mesmo depois de ordenar-se sacerdote, continuou a cultivar a ciência,
ao mesmo tempo que fazia seu trabalho pastoral como vigário da paróquia
de Olkusz. Homem de profunda vida interior, jejuava e penitenciava-se
semanalmente, ao mesmo tempo que espalhava o amor pelo próximo entre os
estudantes e os pobres da cidade. Há um exemplo claro de sua
personalidade em sua biografia, que remonta às inúmeras peregrinações e
romarias aos túmulos dos mártires em Roma, bem como aos lugares santos
da Palestina.
Numa dessas incontáveis viagens, foi assaltado. Os bandidos exigiram
que João Câncio lhes desse tudo que tinha, depois perguntaram ainda se
não estava escondendo mais nada. Ele afirmou que não. Depois que os
ladrões partiram, ele se lembrou de que ainda tinha algumas moedas no
forro do manto. Achou-as, correu atrás dos bandidos, deu-lhes as moedas e
ainda pediu desculpa pelo esquecimento.
Anos depois, ao perceber a proximidade da morte, distribuiu os poucos
bens que possuía aos pobres, falecendo às vésperas do Natal de 1473.
Foi canonizado por Clemente II em 1767. Para homenagear o “professor
santo”, que foi modelo para gerações inteiras de religiosos, o papa João
Paulo II foi à Polónia em 1979. Na ocasião, consagrou uma capela em
memória do padroeiro da Polónia, são João Câncio, na igreja de São
Floriano. Nela, na metade do século XX, o mesmo papa, então um jovem
sacerdote, iniciava o seu serviço de vigário paroquial.
(Fonte: Pequeninos do Senhor)
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