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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

São José Manyanet i Vives - 17 de dezembro

Profeta da Sagrada Família. Apóstolo incansável, que difundiu na Espanha, em várias partes da Europa e da América o amor que professava. Idealizou a construção do Templo da Sagrada Família, em Barcelona, obra de ​​Gaudí


Grande propagador do "evangelho da família". Continua brilhando com seus ensinamentos numa sociedade que precisa de modelos ilustres para caminhar, especialmente aqueles que estão comprometidos com um projecto de vida comum.

Provavelmente ter nascido em uma família numerosa e crente influenciou sua vida marcada por um amor singular à Sagrada Família. Nasceu em 07 de Janeiro de 1833 em Tremp, Lleida, Espanha. Sua mãe, artífice de seu amor por Maria, seguiu a bela tradição da consagração a Virgem Maria sob o título de Valldeflors, honrada na cidade porque era a padroeira. Sentindo a chamada para o sacerdócio recebeu formação primeiramente em Barbastro, e, em seguida, nos seminários Lleida e Urgell, pagando com seu trabalho os estudos. Homem virtuoso de oração, devoto da Eucaristia, prudente e sensato, com louvável espírito de serviço, depois de ter sido ordenado sacerdote em 09 de Abril de 1859 foi de inestimável ajuda ao Bispo de Urgell, que o manteve ao seu lado por doze anos. Foi seu secretário particular, mordomo, secretário assistente, secretário da visita pastoral e também se ocupou da biblioteca do seminário.

Estes anos de estágio pastoral em Seu d'Urgell fez crescer sua convicção de que a família é o pilar da sociedade. Porque certamente os valores aprendidos em família condicionam em grande parte o resto da vida; é fundamental na educação e ensina a enfrentar as vicissitudes que possam surgir. "Os primeiros e principais educadores dos jovens devem ser os próprios pais". Para ele a paternidade tinha tanto valor que não hesitou em qualifica-la "como um sacerdócio". E "o principal cuidado dos pais de família é aprender e saber governar sua casa no serviço a Deus" [...]. "A casa e a família fundada sem a bênção de Deus não pode viver em paz e harmonia cristã". Se o futuro de uma casa está ancorado no modelo que oferece a Sagrada Família os frutos hão de chegar. José estava ciente de que a sociedade precisava desta referência inequívoca. "A Sagrada Família deve ser o modelo para todas as outras famílias, se desejam paz na terra e aspiram a felicidade eterna". Ele também dizia que "o mundo é como uma família cujo Pai é Deus."

Estava consciente da importância de proteger primorosamente a educação para as crianças e os jovens; seria um viveiro de graças lançadas na sociedade. Assim, com este objectivo evangelizador, fundou em 1864, os Filhos da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. E dez anos depois, fundou as Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré. Ao assumir o trabalho, pensava especialmente no grupo de crianças e jovens que não tinham recursos financeiros: "Os ricos têm escolas para educar os seus filhos; façamos escolas fazer para educar e instruir os filhos dos trabalhadores". Ele estava convencido de que "os pais preferem deixar os filhos sábios do que ricos de bens temporais".

Em meio a conflitos políticos, sofreu perseguição e o fechamento de um dos seus centros, mas continuou seu trabalho implacavelmente. Durante quatro décadas, marcadas por intensa actividade, ele ficou à frente de seus filhos e filhas. Sob seu amparo se multiplicaram as escolas, faculdades, oficinas e várias formas de apostolado em diferentes partes da Espanha, que depois se multiplicaram em partes da Europa e América. Ao vê-lo trabalhar tanto, cheio de fé e de esperança, escrevendo textos a fim de difundir a devoção à Sagrada Família, era difícil adivinhar que tudo isso vinha de um homem com problemas de saúde que também enfrentou inúmeros contratempos. Ao seu lado, estava o que ele costumava chamar de "as misericórdias do Senhor", algumas chagas abertas que podemos facilmente imaginar os padecimentos sofridos ao longo dos últimos 16 anos de sua vida.

Foi um exemplo de fortaleza e fidelidade. Destacou-se também por sua pregação. Ele manteve vivo até o fim o desejo de difundir o que João Paulo II chamou de "evangelho da família", disseminando em inúmeras obras dedicadas a seus filhos, aos professores que se formavam nas escolas regidas por eles e às famílias. Entre outros, ele foi o fundador da Escola de Nazaré, Casa da Sagrada Família (autobiográfico), Preciosa jóia de Família e O espírito da Sagrada Família. Impulsionou a revista Sagrada Família e a construção do templo expiatório dedicada a ela em Barcelona, ​​monumental obra do genial arquitecto e servo de Deus, Antoni Gaudí.

Apreciado por todos por levar o amor de Jesus, Maria e José, mostrando-os ao mundo como um exemplo a imitar. E o nome dos três foi o que saiu de seus lábios quando chegou sua hora final em 17 de Dezembro de 1901. Aqueles que estavam em torno dele ouviram dizer pela última vez o que tinha tantas vezes expressado: "Jesus, Maria e José, recebam minha alma quando eu morrer", jaculatória que ensinou inúmeras famílias a recitar para seus filhos desde pequenos antes de dormir. Foi beatificado por João Paulo II em 25 de Novembro 1984 e canonizado dia 16 de Maio de 2004.


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