Em um referendo, mais de 60% dos eslovenos disseram "não" à norma aprovada pelo Parlamento há alguns meses atrás
Eslovénia rejeitou neste domingo as uniões entre
pessoas do mesmo sexo. Cerca de 1,7 milhões de eleitores estavam
chamados às urnas em um referendo promovido pela For Children, uma
associação em defesa dos direitos das crianças, para evitar que a norma
entrasse em vigor.
Dado o anúncio importante, o Papa convidou os eslovenos a "apoiar a
família, estrutura de referência da vida em sociedade". As declarações
do Santo Padre vieram ao final da audiência geral na quarta-feira.
Embora pouco mais da metade da população declarou-se crente, Eslovénia é
um país de profundas raízes católicas.
De acordo com dados oficiais, mais de 60% votou contra uma emenda à
Lei de Família aprovada em Março passado pelo Parlamento, que permite
aos casais homossexuais de contrair matrimónio e adoptar crianças, contra
um 36% que a apoiou.
A Suprema Corte do país da Europa Central decidiu que era o conjunto
dos cidadãos que deveria decidir sobre esta questão. A iniciativa de
referendo foi feita por meio de uma recolha de assinaturas do citado
grupo de inspiração cristã, que recolheu mais de 80 mil apoios e assim
provocou a chamada.
A Lei, que estabelece que o casamento é uma união voluntária entre
dois adultos, foi paralisada após a consulta. Era necessário que
participasse um 20% do eleitorado no referendo para que o resultado
fosse válido e participou cerca de 35,5%.
Na UE, as uniões entre pessoas do mesmo sexo são permitidas ou em
fase de aprovação em 13 países, em todos através da via parlamentar, excepto na Irlanda que a adoptou através de referendo.
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