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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Bartolomeu: "O Menino Jesus é o defensor dos refugiados de hoje, dos perseguidos dos Herodes"

Na mensagem de Natal, o Patriarca ecuménico de Constantinopla apela para a solidariedade com os refugiados


Em sua mensagem de Natal, o Patriarca ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, descreveu o Menino Jesus como o defensor dos refugiados hoje, dos perseguidos dos Herodes do nosso tempo.

A "doçura" da Noite Santa de Natal, disse o Patriarca, carrega o "mistério da encarnação de Deus" no meio "da dor e do sofrimento da humanidade, da crise e das crises, das paixões e das inimizades, das inseguranças e das desilusões", embora no nosso tempo muitos pensem nela como o "ignóbil e implacável" Herodes.

O facto de que muitas crianças, que fogem dos seus países junto com seus pais serem vistos por "múltiplos inimigos" com suspeita é uma "ignomínia para o ser humano", disse Bartolomeu.

A esperança que após as duas guerras mundiais "as sociedades actuais pudessem assegurar a convivência pacífica dos homens em seus próprios países” tem sido frustrada.

Isto, entretanto, não anula "a nossa responsabilidade, nós que ainda temos a bênção de viver em paz e com algum conforto, de ficar insensíveis diante do drama quotidiano de milhares de nossos irmãos”.

“O Senhor Deus Menino nascido e levado para o Egipto é o verdadeiro defensor dos refugiados de hoje, dos perseguidos dos Herodes do nosso tempo” sublinhou Bartolomeu.

“A assistência e a nossa ajuda aos perseguidos e aos nossos irmãos deportados, independentemente da raça, estirpe e religião, serão para o Senhor que nasce dons mais preciosos do que os presentes dos magos, tesouros mais dignos do que ouro, incenso e mirra (Mt 2,11)", concluiu o Patriarca.


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